“É reconhecido que o SNS está em rotura total. É preciso por mão nisto! A nossa saúde é uma prioridade inquestionável”
Haveremos de reconhecer a sinceridade do ministro da Saúde, Manuel Pizarro. Pelo menos não nos faz promessas que bem sabe que não pode cumprir.
Há cerca de um milhão e setecentas mil pessoas sem médico de família. Mais preocupante ainda, é que este número subiu 30 por cento nos últimos dois anos! O ministro deu a resposta do governo: bem sabíamos que o número de médicos que estavam a ser formados nas últimas décadas não ia ser bastante, e íamos ter este problema.
Mas, nós elegemos governos para resolver os problemas. Se o senhor ministro não tem solução que passe a pasta a outro. A falta de médicos terá também a ver com a saída destes do SNS para os hospitais privados. Nestes têm outros benefícios financeiros.
Face à notória falta de médicos no SNS, o governo colocou uma campanha publicitária no Brasil, este verão. Oferece 2.863,00 brutos, alojamento e 6,00 de subsídio de alimentação. Para trabalhar 40 horas semanais, podendo fazê-lo em quatro dias, deixando tempo para estes médicos ganharem mais, em horas extraordinárias ou no ‘privado.
À proposta, os médicos brasileiros dizem que não é financeiramente atrativa. “O salário oferecido quando se tira os impostos fica algo muito abaixo do que se ganha no Brasil”, esclarece uma médica brasileira.
Parece que a solução terá que passar por pagar melhor. Há profissões onde se ganha mais, sem a exigência e a responsabilidade que um médico tem.
É reconhecido que o SNS está em rotura total. É preciso por mão nisto! A nossa saúde é uma prioridade inquestionável.
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