Frustração e Revolta

A confiança dos cidadãos no sistema democrático está cada vez mais abalada. A desilusão é total. A corrupção parece que faz parte do sistema. Nenhum partido com governantes eleitos escapa ao lamentável fenómeno. Nas próximas eleições legislativas de março não será de estranhar uma reação dos eleitores. Ou através da abstenção, ou votando em partidos que se revelam antissistema e nunca foram governo.

Os partidos tradicionais estão em crise no que toca à gestão transparente de cargos públicos dos seus eleitos? Estão e há muito tempo. Com casos graves. E não têm tido capacidade para parar com a nomeação das pessoas erradas.

Os eleitores têm a palavra, é certo. Mas essa é muito limitada. Quem escolhe os candidatos são os partidos. Estes são a base em que assenta a organização do estado democrático. Há quem defenda que a forma de eleição de deputados devia ser diferente. Permitindo aos cidadãos escolher diretamente o seu deputado.

A perceção que os portugueses têm é a de que somos um país de corruptos e que todos são iguais. É demasiado preocupante para o estado da democracia.

A memória leva-nos a rever o que aconteceu em Itália, onde o elevado grau de corrupção ditou o desaparecimento dos partidos tradicionais. Já antes disso acontecer, os italianos haviam mostrado nas urnas a sua revolta. Lembram-se da deputada eleita Cicciolina, uma atriz porno?

Não acreditamos que haja partido português a seguir esse horrível exemplo. Mas, a frustração e a revolta dos eleitores vai ler-se nas urnas em março próximo.

sobre o autor
Eduardo Costa
Discurso Direto
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