Voltar à luz da vela, eis a solução

Depois da Endesa ter anunciado, este verão, que iria aumentar o preço da eletricidade até ao final deste ano, e depois de ter sido altamente criticada por ter feito aquele anúncio, extemporâneo???, é agora público que quase todos os fornecedores de eletricidade vão aumentar até 40% o preço da energia elétrica, à exceção da Endesa que nessa altura prometeu não subir os preços e manter as tarifas existentes a todos os seus clientes até dezembro.

É mais um exemplo de que por vezes se deseja “matar” o mensageiro, mesmo que este não tenha responsabilidade sobre o assunto que anuncia.

As várias EDP, quer do mercado regulado, quer do liberalizado, anunciaram aumentos, bem como a Galp, a Meo e a Goldenergy, entre outras.

Apesar de grande parte dos consumidores verem na EDP um fornecedor de confiança, associado ao Estado, a verdade é que estão cada vez mais descontentes e com sérias dificuldades em pagar as faturas, mais astronómicas, de dia para dia. Como é que é possível uma família ganhar cerca de 1100/1200 euros líquidos (considerando dois salários mínimos) e gastar cerca de 10% ou mais do rendimento de todo o agregado em eletricidade?

Os consumidores começam a ganhar consciência que podem mudar de fornecedor a qualquer altura, que o serviço não está sujeito a fidelização e que através de pesquisa de fornecedores no mercado, análise de planos, tarifas e preços, podem contratar eletricidade de forma mais vantajosa.

Além de se procurar contratar o melhor fornecedor e a energia ao melhor preço, é imprescindível também mudar ou alterar padrões ou hábitos de consumo para reduzir a fatura. Alguns destes exemplos podem converter-se em redução de Kw: trocar as lâmpadas normais por lâmpadas Led, diminuir o número de luzes/focos/lâmpadas ligadas, desligar o “piloto” ou luz de presença dos equipamentos, comprar eletrodomésticos de classe energética A+, evitar lavar roupa e louça com meia carga, optar por utilizar menos o forno e micro-ondas, e se possível adquirir painéis solares para aquecimento de águas, bombas de calor e painéis fotovoltaicos para consumo próprio de eletricidade.

A propósito da pegada energética, há já bastantes movimentos cívicos e ambientais na Europa que apelam à não utilização do ferro de engomar, por exemplo, sendo já bastantes os governos que nos seus orçamentos anuais cativam altas verbas para comparticiparem a colocação de painéis fotovoltaicos nos telhados dos edifícios, por exemplo, de forma a produzir-se eletricidade em larga escala, garantir a sustentabilidade energética, ao mesmo tempo que se incentiva à produção de energia verde.

Cá em Portugal há ainda um longo caminho a trilhar para atingirmos essa cultura de poupança e de respeito pelo ambiente, mas penso que o primeiro passo está dado que é o de cada um sentir a necessidade de mudar.

E ou mudamos de comportamento, ou optamos pela luz da vela, romantismos à parte…

sobre o autor
Ana Isabel Castro
Discurso Direto
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