Sinistralidade Rodoviária

A Sinistralidade Rodoviária é um dos mais graves problemas das sociedades atuais e um problema de saúde pública. A nível mundial é a primeira causa de morte nos mais jovens e a oitava para todas as idades. No que respeita à taxa de mortalidade, tendo como causa os acidentes rodoviários, salienta-se um aumento global desde 2001 em quase todos os municípios da Área Metropolitana do Porto. Arouca, felizmente, ainda é um dos municípios com menos mortes na estrada, sendo de destacar que, no que respeita ao atropelamento de peões, apesar de ter vindo a diminuir desde 2001, registou-se apenas um morto em 2019 (último ano com dados disponíveis).

Infelizmente, a sinistralidade rodoviária tem sido destaque na imprensa regional e nacional no que respeita ao nosso município. É um flagelo ao qual o executivo camarário não pode ficar indiferente e no qual, ao longo do ano transato, tenho dado nota de preocupação nas várias sessões da Assembleia Municipal. Enquanto munícipes esperamos, da parte de quem gere os destinos do nosso concelho, uma atitude proativa no âmbito de uma política de prevenção a ser prosseguida e reforçada. Queremos ter a certeza que essa proatividade vai para além da mera pressão política junto das entidades regionais e nacionais responsáveis por alguns dos troços mais perigosos e com elevada taxa de utilização por parte de quem circula nas estradas do nosso concelho.

O mais recente acidente ocorrido no cruzamento no lugar das Alagoas, com enorme aparato, foi mais um naquele local específico. As declarações do Presidente da Junta de Freguesia de Escariz ao Jornal Roda Viva, no qual assume que teme “que possam ocorrer acidentes com consequências ainda mais graves”, são partilhadas certamente por muitos daqueles que conhecem o perigo que aquele cruzamento significa para quem ali circula. A colocação de bandas na estrada para dissuadir os condutores daquele que é o principal problema para a saúde dos automobilistas, a velocidade, foi uma das sugestões que aludi ainda decorria o ano de 2022. Mas a verdade é que estamos em 2023, fomos confrontados por mais um acidente grave e é preciso que se encontre de vez uma solução para aquele cruzamento! Outro caso paradigmático com necessidade de intervenção é a requalificação da estrada que vai do lugar de Zendo, freguesia de Rossas, à Ribeira. O perigo naquele trajeto, com a circulação diária de muitos veículos, torna aquela obra essencial. Estes dois casos podem e devem ter intervenção por parte do executivo, que tem sido alertado por vários autarcas eleitos ao longo dos últimos anos.

No que diz respeito a vias de comunicação cuja requalificação ficou praticamente esquecida desde a última intervenção do organismo estatal que gere os respetivos itinerários, o município deve também tomar a iniciativa de voltar a reivindicar junto dessas instituições a almejada requalificação com o objetivo de disponibilizar duas faixas em sentido ascendente na estrada nacional 224 – Rossas – Chão de Ave – Carregosa que, desde a reposição de tapete e alargamento de pontões, há muitos anos ficou adiada, bem como, a premente retificação e alargamento da maior parte do seu trajeto no sentido de ser possível uma segunda faixa de ultrapassagem no sentido ascendente na estrada nacional 326 – Fim da Variante à entrada de Mansores e do cruzamento para as Alagoas até à Abelheira. Esta última é de todo urgente e não é impeditiva de que a 3ª fase da Variante se concretize. Porém, se ficarmos à espera do ótimo, isto é, dessa 3ª fase da Variante, teremos de esperar talvez décadas para que a mesma veja a luz do dia.

sobre o autor
Artur Miler
Discurso Direto
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