Castelo de Paiva ativa Plano Municipal de Emergência face a incêndios descontrolados

Frentes ativas, evacuações e centenas de operacionais mobilizados num dos maiores incêndios do país

O concelho de Castelo de Paiva enfrenta um dos seus momentos mais críticos do ano, com vários incêndios rurais ativos desde a madrugada de segunda-feira, obrigando à ativação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil. A medida foi tomada pelo presidente da Câmara Municipal, José Rocha, devido à rápida evolução das chamas, que colocam em risco populações, habitações, bens e o ambiente. “Face à situação de incêndio que coloca em risco pessoas, bens e o ambiente, foi ativado o plano para garantir a coordenação de meios de socorro e apoio às populações afetadas”, explicou o autarca em comunicado oficial.

A situação é especialmente grave em várias freguesias do concelho, com frentes de fogo descontroladas a atingirem Fornos, Real, Bairros, Gilde, Santo Adrião e Sequeiro. A aldeia de Fornos de Carvão foi evacuada durante a madrugada por precaução, e há relatos de habitações privadas de água e eletricidade.

Em declarações à TSF, o presidente José Rocha descreveu um cenário dramático no terreno: “Estamos a fazer os possíveis para defender as pessoas e bens. Ainda agora fui informado de que, numa aldeia aqui próxima, no Gilde, também já há um foco de incêndio. […] Temos aqui vários focos em Castelo de Paiva, uma frente muito grande de incêndio, completamente descontrolada. O vento está a dar um trabalho tremendo, não conseguimos controlar o fogo. Os bombeiros ainda agora fugiram aqui da minha beira, porque efetivamente veio uma rajada de vento que levou o fogo pelas copas. Isto está, sem dúvida, descontrolado”, relatou o autarca.

Segundo os dados mais recentes da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o combate às chamas em Castelo de Paiva envolve mais de 600 operacionais, 190 viaturas e 3 meios aéreos, fazendo deste um dos maiores teatros de operações em Portugal neste momento.

O incêndio terá tido origem na freguesia de Alvarenga, em Arouca, no dia 28 de julho, tendo avançado para Espiunca, Canelas e, posteriormente, Real e Fornos, já no concelho de Castelo de Paiva. As condições meteorológicas adversas, com temperaturas elevadas e ventos fortes, têm dificultado o combate às chamas, provocando avanços rápidos e imprevisíveis do fogo.

A Direção-Geral da Saúde recomenda à população que evite a exposição ao fumo, mantenha portas e janelas fechadas, e utilize máscaras N95 em caso de necessidade. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) mantém a região sob aviso amarelo, com risco máximo ou elevado de incêndio rural até, pelo menos, quinta-feira.

A Câmara Municipal apela à população para que:

  • Siga rigorosamente as instruções das autoridades (Bombeiros, Proteção Civil e GNR);
  • Evite circular nas zonas afetadas;
  • Restrinja deslocações não essenciais;
  • Mantenha-se atenta aos canais oficiais de informação.

“A segurança da população é a nossa prioridade”, reforçou José Rocha.

Texto e Foto: Pedro Gonçalves

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Pedro Gonçalves
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