Governo caiu: Moção de Confiança foi chumbada e portugueses são chamados às urnas a 18 de maio

No passado dia 11 de março, como referimos na passada edição desta rubrica, foi votada e chumbada na Assembleia da República a Moção de Confiança ao atual Governo, a qual ditou a queda do mesmo. Todos os partidos, exceto PSD e CDS, deixaram inúmeras críticas a Luís Montenegro, acusando-o não apenas de não responder a tudo o que lhe é questionado como de estar a arrastar o país para eleições para se esquivar a dar respostas.

Durante a sessão, foram inúmeras as trocas de palavras entre a bancada do PSD e do PS, com os sociais-democratas a desafiar desde o início os socialistas a aceitarem a suspensão da sessão para poderem exigir ao Primeiro-Ministro os esclarecimentos que pretendem, aos quais o PM iria responder. Pedro Nuno Santos mostrou-se desde cedo inamovível do seu posicionamento, exigindo continuadamente a Luís Montenegro que retirasse a moção de confiança e aceitasse uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Sensivelmente duas horas depois do início dos trabalhos, Hugo Soares, líder de bancada do PSD, solicitou à mesa a suspensão dos trabalhos para que o Primeiro-Ministro e Pedro Nuno Santos pudessem falar durante meia-hora. Esse pedido foi votado e rejeitado. Só já perto das 6 da tarde é que o Governo aceitou uma CPI, mas com uma nuance: esta deveria ter apenas 15 dias de duração, o PS exigia 90 dias. Pelo meio de outras tantas críticas, só no período antes da votação é que os trabalhos foram interrompidos, mas, a ter existido diálogo entre partidos, ninguém se demoveu: a moção de confiança foi chumbada e, assim, o Governo caiu.

No dia seguinte, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu os partidos e, no final de um dia de várias conversações, falou ao país em horário nobre para anunciar as eleições. “O presidente da República decidiu, assim, depois de ouvir os partidos políticos nela representados e do parecer do Conselho de Estado, que irá dissolver a Assembleia da República e marcar as eleições para o dia 18 de maio de 2025”, referiu Marcelo.

Com a Procuradoria Geral da República a efetuar uma “averiguação preventiva” à empresa Spinumviva, ainda assim, tudo indica que Luís Montenegro vai manter-se como o principal candidato do PSD.

Texto: Simão Duarte

Fontes: RTP

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