Os principais aumentos e reduções dos preços para 2025

Ano novo tem sido sinónimo de mexidas nos preços e 2025 não será exceção, até porque alguns destes já se fazem sentir nas carteiras. Começando pelos transportes, para além da queda de algumas ex-SCUTS (consulte mais detalhes sobre este tópico abaixo), as portagens das autoestradas deverão aumentar cerca de 2%, devido ao aumento da inflação. Tudo indica que, por exemplo, a viagem Lisboa-Porto pela A1 deverá custar mais 70 cêntimos. A não ser que tenha passe, os transportes públicos também deverão aumentar, assim como os combustíveis.

A luz irá descer para todos, já que o Estado decidiu descer o IVA de 23 para 6% nos primeiros 200 quilowatts por hora. No mercado livre, a EDP e a Galp também já anunciaram descidas, entre os 6 e 7%. Contudo, o gás natural irá aumentar, à imagem do que sucedera em outubro do ano passado.

Na hora de ir ao mercado, produtos como pão, leite e derivados, cacau e café (este último com impacto imediato em estabelecimentos da área da restauração – cafés, bares, etc) deverão aumentar de preço, ao contrário, por exemplo, do azeite e de algumas conservas. Ainda que não fazendo parte do lote de bens essenciais, mas com bastante procura no país, o tabaco e as bebidas alcoólicas vão igualmente aumentar.

As rendas e as telecomunicações também entram na lista de aumentos quase certos, ainda que grande parte dos casos dependam, respetivamente, dos senhorios e das empresas de telecomunicação. Na Cultura, há uma série considerável de museus que vai aumentar o custo de entrada

Conheça as autoestradas que deixaram de ter portagens a partir de 1 de janeiro

Medida recaiu sobre algumas ex-Scuts

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, promulgou, em maio, o diploma aprovado no parlamento que extinguia as portagens em várias ex-Scuts (Portagens Sem Custos para o Utilizador), medida que entrou em vigor a partir de 1 de janeiro de 2025.

“O Decreto que elimina as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do interior e em vias onde não existam alternativas que permitam um uso com qualidade e segurança, revogando o Decreto-Lei n.º 97/2023, de 17 de outubro”, é o que se pode ler no documento.

Fique a par dos troços de autoestradas que tiveram as portagens eliminadas:

A4 (Transmontana e Túnel do Marão);

A13 e A13-1 (Pinhal Interior);

A22 (Algarve);

A23 (Beira Interior);

A24 (Interior Norte);

A25 (Beiras Litoral e Alta);

A28 (Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque);

Como referiu o representante da Plataforma “P`la Reposição das SCUT na A23 e A25”, Luís Garra, esta medida é uma “vitória importante”. “Está hoje claro que no dia 1 de janeiro não se pagará mais portagens nas autoestradas do interior, embora contra a vontade do ministro das infraestruturas e do próprio primeiro-ministro”, salientou. Não obstante, o representante tenciona que a ação seja ampliada às restantes autoestradas, afirmando que a “reposição das SCUT significa que é sem custos para o utilizador (…) com pórticos ou sem pórticos, essa é a questão menos importante.”

De recordar que as portagens SCUT foram introduzidas em Portugal, em 1997, e, nessa altura, os custos das mesmas eram totalmente suportados pelo Estado. Todavia após muitas polémicas, este modelo mudou e , a partir de 2011, estes custos passaram a ser suportados pelos utilizadores.

Sem grande surpresa, André Ventura é candidato às eleições presidenciais

No passado sábado, dia 4 de janeiro, ao final da tarde, a agência Lusa avançou que André Ventura, líder do Chega, vai candidatar-se às próximas eleições presidenciais. Recorde-se que estas irão ocorrer em 2026, um ano após as autárquicas deste ano.

Tal anúncio constou numa carta que Ventura enviou aos deputados da atual terceira força política, na qual solicitou “o maior sigilo sobre a situação”. Na notícia do Público/agência Lusa, sabe-se também que o anúncio oficial será a 28 de Fevereiro, às 20h00, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

Quanto às razões que levam André Ventura a candidatar-se novamente (havia-o feito nas anteriores, em 2021, onde ficou em terceiro, atrás de Marcelo Rebelo de Sousa e Ana Gomes), este refere mais à frente na carta que “as razões são diversas, mas prendem-se essencialmente com a necessidade de termos uma candidatura que represente o espaço da Direita anticorrupção e anti-imigração sem confusão com os políticos que toda a vida defenderam o contrário e agora se pretendem apropriar do nosso espaço político”.

À sua imagem, o líder do Chega voltou a atirar em todas as direções, referindo existir em Portugal um “contexto de insegurança”. “Esta candidatura justifica-se pelo atual contexto de insegurança que se vive em Portugal: precisamos de um Presidente da República que não tenha medo de dizer que está ao lado das forças de segurança, dos polícias e dos magistrados na luta contra o crime. Um Presidente da República que não hesitará em alinhar ao lado dos portugueses de bem contra os bandidos e que pressionará para dar carta verde às forças da ordem para atuarem de forma implacável contra as organizações criminosas e os criminosos que põem a nossa segurança pública em risco”, referiu ainda.

Recorde-se que, até ao momento, as únicas duas pessoas a apresentarem-se oficialmente como candidatos são André Pestana, coordenador nacional do Sindicato para Todos os Profissionais da Educação (STOP), e Tim Vieira, empresário português fundador da Fundador da Brave Generation Academy. São inúmeros os candidatos putativos (possíveis candidatos), com grande parte deles a serem cogitados antecipadamente, desde finais de 2023. Luís Marques Mendes, Augusto Santos Silva, Mário Centeno, Paulo Portas, Ana Gomes, Pedro Passos Coelho, António Seguro, Joana Amaral Dias, António Vitorino e o almirante Gouveia e Melo são figuras que têm sido avançadas, algumas das quais com maior frequência, como no caso de Gouveia e Melo.

Texto: Simão Duarte e Ana Isabel Castro

Fontes: RTP, SIC, Público/Agência Lusa, Jornal de Negócios, JN

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Simão Duarte
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