Na sequência da aprovação da moção de censura ao Governo de Michel Barnier (para mais detalhes, leia a edição anterior desta rubrica), Emmanuel Macron nomeou François Bayron como o novo primeiro-ministro francês. Trata-se do quarto deste ano, sucedendo a Elisabeth Borne (pediu demissão em janeiro), Gabriel Attal (em funções até ao início de setembro) e Michel Barnier.
François Bayrou, com 73 anos de idade (a mesma que Michel Barnier), é o líder do partido centrista “MoDem” e uma figura conhecida do universo político francês, tendo sido autarca da localidade de Pau, ministro da Justiça no primeiro executivo de Macron, deputado e ministro da Educação em dois governos de Jacques Chirac.
A decisão foi tomada pelo presidente francês após cerca de duas horas de reunião no Palácio do Eliseu. Segundo o Le Monde, o desejo inicial de Macron era que Bayrou fosse o número dois de um governo liderado por Roland Lescure, opção que foi prontamente rejeitada pelo líder do MoDem, a ponto de levantar a opção de abandonar a coligação presidencial.
As próprias negociações são, de certa forma, o espelho de toda a instabilidade que se vive em território francês, onde a população tem cada vez menos confiança nas figuras políticas, especialmente Emmanuel Macron, cujo nível de confiança junto da opinião pública é de apenas 21%.
François Bayron terá agora a dificílima tarefa de, perante uma população e um parlamento totalmente divididos, aguentar mais tempo que Barnier nas funções e fazer aprovar um Orçamento de Estado para 2025, algo que não foi possível ao antecessor.
Lula da Silva já se encontra estável
Lula da Silva, presidente do Brasil, foi internado num hospital de São Paulo no início desta semana, por forma a drenar um “hematoma intracraniano”. Após a cirurgia necessária, a equipa médica efetuou uma conferência de imprensa, na qual foi possível saber-se que, nos próximos dias, Lula da Silva regressará à normalidade. “O presidente evoluiu bem, já chegou da cirurgia praticamente acordado, retiraram-lhe os tubos e agora encontra-se estável, a conversar normalmente, a alimentar-se. Deverá ficar em observação nos próximos dias. Vai ficar por mais 48 horas na UTI (unidade de cuidados intensivos) para observação. Como disse, ele está bem, a alimentar-se, consciente, está normal. É mais por precaução.”, referiu o médico Roberto Kalil
O próprio Lula da Silva já divulgou nas redes sociais um vídeo a caminhar pelo hospital, garantindo encontrar-se “firme e forte” e que “em breve, pronto para voltar para casa e segui trabalhando e cuidando de cada família brasileira”.
Ministra da Cultura tece duras críticas aos antecessores do ministério
Dalila Rodrigues, ministra da Cultura, foi chamada ao Parlamento para uma comissão parlamentar, após a aprovação dos requerimentos para tal do PS e do Bloco de Esquerda, para esclarecer a exoneração da presidente do CCB (Centro Cultural de Belém), Francisca Carneiro Fernandes.
Durante a comissão, a ministra teceu duríssimas críticas ao seu antecessor, Pedro Adão e Silva, declarando que, com esta decisão que agora tomou, “acabaram os compadrios, lobbies e cunhas que levaram à constituição da atual equipa do CCB. Demitida que está, exonerada que está, afastada que está a sua presidente, está, evidentemente, a abordagem a este assalto ao poder, assalto ao CCB, que é absolutamente inadmissível nos termos em que foi realizado pelo ex-ministro da Cultura, doutor Pedro Adão e Silva”. Dalila Rodrigues fez questão de falar também da nomeação de Aida Tavares como diretora artística, cargo que não existia no CCB até à nomeação em questão. Recordando declarações de Elísio Summavielle, o qual deu a entender que foi forçado a sair por se recusar a contratar Aida Tavares sem concurso, a ministra da Cultura deixou bem claro que, na sua ótica, a nomeação não foi transparente.
O visado pelas críticas, Pedro Adão e Silva, respondeu às mesmas em entrevista à SIC. “Não sei exatamente em que se baseia essa afirmação, de tal forma absurda. Compreendo que a ministra da Cultura esteja insegura, não tem trabalho para apresentar e abandonada pelo setor. Deve ter sido auxiliada por uma agência de comunicação que ajuda os ministros em dificuldade em gerir crises e decidiu lançar lama para cima de toda a gente, em particular para cima de mim”, começou por afirmar, explicando de seguida o que o levou a nomear Aida Tavares: “Não houve nenhuma cunha. O CCB é o melhor equipamento cultural do país, um equipamento único. Estava capturado pelo senhor [Joe] Berardo e eu pus fim ao comodato que existia. No mundo ocidental, nunca vi um equipamento desta dimensão que não tenha um diretor do museu e um diretor para as artes performativas. Foi um cargo criado porque havia uma orientação estratégica do ministro da Cultura.”
Texto: Simão Duarte
Fontes: RTP, CNN, SIC Notícias
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