Um início aquém do esperado

Esta época decididamente não começa da melhor forma para o FC Arouca que, fruto de algumas nuances de jogo diferentes, tem passado por inúmeras dificuldades. No primeiro jogo, faltou rematar à baliza. É certo que o Vitória SC só chegou à vantagem num lance criado através de um erro de Weverson, mas garantidamente fez mais e melhor para lá chegar.

Com uma onda súbita de lesões, foi estreada nova dupla de centrais em Moreira de Cónegos, onde os Lobos de Arouca entraram bem, David Simão marcou um golão, mas após o golo não conseguiram impedir que o Moreirense crescesse. O resultado disso: 1-1 marcado através de um canto onde ninguém se fez à bola e Mantl ficou a meio caminho entre sair ou ficar na baliza, permitindo mais facilmente o golo. Já o 2-1 voltou a ter Weverson como protagonista, ao fazer falta para penálti.

A vitória finalmente surgiu contra o Nacional (1-0) onde, apesar do belo golo, a equipa pouco fez para merecer mais. Mesmo com a ineficácia insular, o empate era o mais justo.

Por fim, o Rio Ave venceu-nos pela margem mínima, num jogo marcado pelas críticas à arbitragem, mas acima de tudo foi mais um reflexo deste início de época.

É certo que as lesões constantes têm o seu peso, mas mais do que isso, há a meu ver três pontos cruciais que explicam o atual momento do FC Arouca:

1 – Há jogadores em sub-rendimento, entre os quais dois cruciais: Jason e Cristo, que tantas alegrias deram na época passada. O primeiro tem sido uma sombra de si próprio, conseguindo raras vezes efetuar com sucesso situações que fazia quase de olhos fechados. O segundo veio agora de lesão, contudo parece estar bastante hesitante na hora de rematar à baliza.

2 – Pelo menos a curto prazo, a saída de Mujica não foi acautelada. Henrique e Marozau não são como o espanhol era, o que não tem mal nenhum, só que, na ideia de jogo, têm-se pedido que façam o mesmo: procurar a profundidade. Contando que esse pormenor não irá mudar, pode ser que, ou com a vinda da boa forma de Henrique/Marozau ou a chegada de Yalçin, a coisa mude.

3 – O posicionamento dos laterais (Esgaio baixo e por dentro, Weverson por fora e muito subido) tem trazido problemas, levando a que os adversários explorem o espaço vazio nas faixas. O 3-1 do Moreirense, já com Quaresma em campo, mostrou que a recuperação defensiva tem de ser afinada.

Com um plantel com qualidade, mas um início aquém do esperado, espera-se que a pausa sirva para consertar a máquina de jogo e levar o FC Arouca a um caminho mais calmo.

sobre o autor
Simão Duarte
Discurso Direto
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