Conferência pós jogo do Moreirense 3 x FC Arouca 1
O FC Arouca faz parte do lote restrito de equipas (juntamente com Casa Pia, Estoril e Farense) que, à segunda jornada, ainda não pontuaram para o campeonato. No final da derrota por 3-1 na visita ao Moreirense, Gonzalo García considerou que existiram três principais motivos que explicam o desaire: falta de agressividade, falta de coração e falta de estabilidade no que toca às escolhas disponíveis.
“Entramos com controlo e tranquilidade, fazemos o golo, temos um par de oportunidades, mas sinto que na primeira parte estivemos bem colocados defensivamente, mas com zero agressividade. Deixávamos o adversário girar, passes fáceis, e isso, com alguns erros também, contra uma equipa muito boa como o Moreirense, organizados, bons jogadores, boa ideia, deixamos que nos fizessem golos de maneiras muito fáceis. Sinto que eram evitáveis, pelo menos dois, o terceiro também talvez. Creio que criamos boas ocasiões para fazer golo. O golo é uma jogada muito bem trabalhada, mas claro que se nos fazem golos tão fáceis, não é fácil”, começou por referir o técnico uruguaio.
Questionado acerca das substituições ao intervalo e das trocas posicionais (Sylla para médio ofensivo, Jason para extremo esquerdo), o treinador dos Lobos de Arouca respondeu dizendo que faltou coração à equipa: “Em primeiro lugar, honestamente, faltavam-nos muitos jogadores e tentamos fazer um onze guardando algumas opções fora que nos pudessem dar mais velocidade ao jogo. Como disse, começamos bem, mas faltava-nos agressividade, perdíamos os duelos todos, mesmo estando bem posicionados e em superioridade, perdíamos em situações de 2 para 1. Faltou-nos agressividade, impor o físico e de querer, ter coração. Podes jogar muito bem futebol, mas se não tiveres coração, é impossível. O que não gostei foi isso.”
Com dois resultados desfavoráveis, Gonzalo García terminou a conferência ao falar do que está a faltar à equipa e abordou também o estado anímico.
“Perder nunca é bonito, não estou contente, é óbvio. Quando ganhas é mais fácil ter confiança. Ainda assim, saímos da partida frente ao Vitória de Guimarães com uma sensação boa, creio que foi um jogo controlado e que fizemos várias coisas bem. Hoje, tivemos muitos jogadores que não estavam a jogar muito, nem sequer na pré-época, e hoje tiveram que fazer 90 minutos. O que nos está a faltar é poder ter a oportunidade de ter continuidade. Na pré-época podíamos fazer um onze e nunca se repetia, nunca o conseguimos, porque faltava um jogador, pela lesão do Cristo, por exemplo. Agora o Fontán, o Pedro Santos, o vermelho do Matías. Necessitamos de tempo para poder ter todos os jogadores.”
Foto: Sofia Brandão
Texto: Simão Duarte
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