Esta é a parte II de uma série de textos onde é recordada a equipa que alinhou de início pelo FC Arouca na partida frente ao União da Madeira onde, há 11 anos, os arouquenses alcançaram pela primeira vez a subida à Primeira Liga. Na parte III, a última, iremos mostrar os suplentes e restante plantel. Fique agora com o meio campo e ataque titulares:
No meio campo a três, o médio mais recuado era Soares, que passou várias vezes pelos arouquenses. Primeiro, esteve emprestado pelo Porto em 2011/2012. Na época da subida, regressou por empréstimo, mas do Rio Ave. Assumiu a titularidade à jornada 21 e daí não mais saiu até ao final da temporada. Foi o autor do último golo do histórico jogo. Na época seguinte, voltou a Arouca e, após passagens pelo próprio União da Madeira e pelo Cova da Piedade, acabaria por regressar pela última vez em 2018, na época em que o FC Arouca desceu ao CP. Atualmente, aos 35 anos, é titularíssimo no Petro de Luanda, em Angola.
Idris também alinhou no meio campo, à imagem do que aconteceu durante a temporada. Nos 35 jogos com as vestes canarinhas do FC Arouca, assinou um único tento certeiro, num empate frente ao SC Covilhã (1-1). Dos arouquenses passou para o Moreirense, estabelecendo-se de seguida no Boavista, onde esteve seis temporadas. Atualmente, tem 39 anos e está sem clube.
Gabi Pereira foi o terceiro médio do centro do terreno da equipa arouquense. Natural de Fiães, jogou apenas em Arouca na época da subida, já com 32 anos. Marcou nas vitórias frente a Leixões e Portimonense (ambas por 2-0) e ainda na derrota em Tondela (4-2). Atualmente, é treinador adjunto de Tulipa no Torreense.
No ataque, três homens golo! O primeiro deles é Roberto, avançado que passou pela primeira vez em Arouca na época de subida. Chegou em Janeiro e era opção regular a saltar do banco, conseguindo assinar três golos. Manteve-se em terras de Santa Mafalda durante a primeira passagem na Primeira Liga, onde foi o melhor marcador da equipa, com nove golos. Na seguinte, a 14/15, foi menos produtivo, assinando seis tentos certeiros. Na temporada 15/16 perdeu espaço para Walter González, mas ainda assim, em 15 jogos, fez três golos. Em 2016, foi emprestado ao Moreirense. Regressou uma última vez a Arouca emprestado pela Salernitana em 2017. Na época de regresso à Segunda Liga, voltou a ser o melhor marcador da equipa durante uma temporada, ao assinar 11 golos. Assim, Roberto está em terceiro na lista de melhores marcadores do FC Arouca na Primeira Liga, com 14 golos. Atualmente, com 35 anos, é titular na frente de ataque do Tondela.
Pelo flanco esquerdo, alinhou André Claro, autor do segundo golo frente ao União da Madeira. Alternando várias vezes entre a titularidade e a condição de suplente utilizado, Claro contribuiu nessa época com outros cinco golos. Manteve-se ligado ao clube nas duas primeira temporadas de Primeira Liga, alinhando com bastante regularidade. Nos 60 jogos distribuídos por ambas as épocas, assinou quatro golos, de entre os quais se destaca o único golo do FC Arouca na primeira e única vitória em casa frente ao SC Braga.
Por fim, mas não menos importante, o ponta de lança e último dos onze foi Joeano, o capitão da equipa. O avançado brasileiro chegara a Arouca na temporada anterior (2011/2012), com 32 anos de idade, após inúmeras presenças nos mais diversos clubes. Veio do Chipre, onde se tinha reencontrado com os golos, e mostrou-se a alto nível. Na primeira temporada pelos arouquenses, o camisola 40 marcou 19 golos, tendo sido o melhor marcador da Liga Orangina 2011/2012. Mas Joeano Chaves não se ficou por aí: na época da subida, registou uns incríveis 27 tentos certeiros, um dos quais no encontro frente ao União da Madeira. Destacam-se ainda os três hat-tricks que rubricou, nas vitórias em casa frente ao Trofense (4-0), SC Covilhã (3-0) e Marítimo B (3-1). Apesar da tentativa de renovação e do desejo manifestado pelo próprio em ficar, Joeano acabaria por sair para o Rio Ave. Terminou a carreira em 2018, ao serviço do Vigor Mocidade, da AF Coimbra. Fez-se treinador e esta época (2023/2024) juntou-se ao Mansores, com a tarefa de garantir a manutenção do clube no Campeonato Sabseg da AF Aveiro. Tal não foi possível, já que, a duas jornadas do fim, o clube está matematicamente despromovido: estão em último lugar da tabela, com apenas 15 pontos, fruto de 3 vitórias, 6 empates e 23 derrotas.
Foto: FC Arouca
Texto: Simão Duarte
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