58º aniversário da Associação dos Bombeiros de Vale de Cambra

Entre o drama dos fogos florestais de 2016 e o que se perspetiva em termos de medidas políticas, o Secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Neves, marcou presença no aniversário dos Bombeiros de Vale de Cambra e assumiu que a limpeza de florestas vai mesmo avançar. Presidente da Câmara enunciou a principal dificuldade.

Artur Neves foi no passado sábado ao 58º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros de Vale de Cambra, sublinhar que até 15 de Março os proprietários de floresta junto a núcleos habitacionais, zonas industriais e estradas terão de limpar as áreas de espécies pouco resistentes às chamas, nomeadamente de eucaliptos e de pinheiros, ou então as câmaras municipais terão de avançar e assumir a tarefa.

O Secretário de Estado da Proteção-Civil, que presidiu à cerimónia, assumiu que este é um desafio imediato para todos, dado que para si é “inaceitável que se deixe morrer as pessoas nas suas casas ou em estradas”, adiantando também que os autarcas, regra geral, sabem quem são os donos dos espaços florestais vizinhos às áreas referidas. Artur Neves lembrou ainda que, após 15 de Março, as câmaras ficarão “isentas das regras da contratação pública”, podendo contratar um serviço de limpeza de mata “por ajuste direto”, após três consultas, e por um valor que poderá ir até aos 208 mil euros. Referência ainda para uma linha de crédito, no valor de 50 milhões de euros, visando suprir eventuais carências financeiras de algumas autarquias. Na oportunidade voltou a defender “uma cultura de proteção-civil preventiva e não meramente reativa”.

O antigo presidente da Câmara de Arouca quis ainda “desmistificar a ideia de que o Governo desconsidera os bombeiros portugueses, frisando que os voluntários continuarão a ser “um pilar” fundamental na reforma que o governo está a fazer no âmbito da proteção-civil.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra, José Pinheiro, o problema é complexo e o desafio difícil, dada a dificuldade em identificar os proprietários dos terrenos não limpos.

A importância do Estado incrementar o grau de profissionalismo do dispositivo de combate a incêndios, especificamente ao nível da primeira intervenção foi defendida não só pelo comandante da corporação, Vítor Machado, como pelo presidente da Direção Miguel Aguiar Soares, salientando também a importância do reforço de meios ao dispor das corporações, assim como para o facto destas não poderem perder serviços como o transporte de doentes, que lhes garantem importantes receitas financeiras. Aguiar Soares salientou a importância de naquele dia a corporação ser presenteada com um reservatório municipal urbano estratégico de água e com um “veículo tanque tático florestal”. Este dirigente assumiu também a ambição dos bombeiros verem ver a hélipista (localizada em Algeriz), transferida para o quartel operacional, em Lordelo.

O evento serviu também para conferir a promoção de bombeiros e a atribuição, pela Liga dos Bombeiros Portugueses, de três distinções: o “Crachá de Prata” a Luís Marques, pelos serviços prestados à corporação, e o “Crachá de Ouro” ao chefe António Pinho e ao subchefe Ernesto Ferreira e terminou com a bênção de uma nova viatura e um convívio entre todos os participantes.

sobre o autor
Ana Isabel Castro
Discurso Direto
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