Benfica aplicou goleada ao FC Arouca, num duelo em que obteve três penáltis (5-0)

O Estádio da Luz acolheu o Benfica x FC Arouca da noite deste sábado, o mesmo dia em que os sócios encarnados foram a votos para escolher o seu presidente. No momento de publicação desta crónica de jogo, ainda não se conhecem os resultados desse sufrágio, mas sim o do jogo entre as duas equipas, onde as águias venceram por maioria absoluta. 5-0 foi o que se encontrava no marcador final, um resultado que não expressa totalmente o que se passou dentro de campo.

No que toca às escolhas iniciais de cada treinador, Mourinho, pelo Benfica, rendeu o lesionado Dedic e também António Silva por Prestianni (Aursnes baixou para lateral) e Tomás Araújo. Já nos arouquenses, Vasco Seabra apresentou um onze que misturou o habitual para a Liga e também o que figurou no duelo da Taça de Portugal: Omar Fayed, Van Ee e Puche ficaram no onze e estrearam-se a titulares na Liga, rendendo Popovic, Fukui e Djouara.

VAR interventivo deu vantagem madrugadora às águias

Os arouquenses deram o pontapé de saída e entraram pressionantes, procurando condicionar a 1ª fase de construção adversária com um bloco alto. Porém, ao quinto minuto de jogo, surgiu o primeiro revés duro: na sequência de um cruzamento da esquerda, a bola tocou ligeiramente no braço de Van Ee. Um toque bastante ao leve, impercetível à primeira vista, mas visto com clareza pelo VAR, que chamou o árbitro da partida para poder assinalar o castigo máximo. Na cobrança, Pavlidis atirou para um lado, Valido escolheu o outro e os encarnados colocaram-se na frente.

Ainda a recuperar desse lance, pouco tempo depois surgiu nova intervenção do VAR. Trezza, ao disputar uma bola dentro da área, tocou de raspão em Prestianni. O árbitro mandou o argentino levantar-se, mas, alertado pelo VAR, veio à cabine ver as imagens e reverteu a sua decisão, dando novo penálti. Pavlidis voltou a atirar para o mesmo lado e Valido também escolheu a sua direita, mas a bola saiu bem puxada e não deu hipóteses. Dois duros golpes nas ambições arouquenses, num jogo em que, nessa primeira meia hora, sofreram dois golos nos dois únicos remates do Benfica (os dois penáltis). A resposta surgiu ao minuto 29, quando Pablo aproveitou um mau passe, correu na direção da baliza e rematou na passada, mas a bola passou rente ao poste esquerdo.

Na reta final da 1ª parte, o Benfica dilatou a sua vantagem. Depois de um cabeceamento de Oatamendi por cima e de um chapéu por cima de Pavlidis, o capitão fez, de cabeça, o 3-0. De canto, Lukebakio enviou um cruzamento para a pequena área, ao qual Valido saiu para tentar disputá-lo, não conseguindo chegar-lhe. Quem lhe chegou foi Otamendi, vindo de trás e sem marcação, que voou alto para fazer o golo.

O andar do cronómetro foi fustigante

Ao intervalo, Vasco Seabra procurou manter a crença da equipa viva, tentando dar outros argumentos na construção e no ataque com Fukui e Lee Hjunju, mas de pouco adiantou. O resultado deixava a equipa encarnada confortável dentro de campo (o inverso verificava-se nos Lobos) e, ao minuto 49, fizeram o 4-0. Servido por Prestianni, Pavlidis recebeu à entrada da área, entrou, tirou Fontán do caminho e atirou rasteiro para o fundo das redes.

O Benfica foi somando chances, quase todas de perigo moderado, mas que também pecavam por escassas. Ao minuto 70, o recém-entrado João Rêgo fez o chapéu a Valido, mas o golo foi anulado por fora de jogo. Foi também por essa altura que os Lobos de Arouca conseguiram ter duas tentativas próximas da baliza adversária (David Simão e Barbero), mas ambas saíram desenquadradas.

Até final, nota para o hat-trick de penáltis para o Benfica: na faixa direita do ataque, João Rêgo foi derrubado por Danté, num lance em que o lateral tentou dominar a bola, após um alívio dos seus companheiros, mas, ao dominar, a bola fugiu-lhe para a frente e, na tentativa de a dominar, derrubou o adversário. Isto dois minutos do lateral dos arouquenses ter entrado em campo. Na cobrança, Ivanovic não perdoou e fez o 5-0 final.

Perante este duro golpe, os arouquenses caíram para o 13º lugar da tabela, com os mesmos 9 pontos. Na próxima jornada, regressam a terras de Santa Mafalda para receber o Moreirense, 5º classificado, pelas 18h00 do próximo domingo, dia 2 de novembro.

Tempo de compensação: 4 minutos na 1ª parte, 3 na 2ª.

Suplentes Benfica:

Samuel.S(GR)António.S,Obrador(DF), Barreiro(MD), Henrique.A, Ivanovic, Schjelderup, João.R e Ivan.L(AT)

Suplentes Arouca:

Mantl(GR), Popovic, Diogo.M, Danté(DF), Lee Hjunju, Fukui (MD), Jansonas, Djouara, Mansilla(AT)

Ficaram de fora Matías Rocha, Mateo Flores (lesão), Dylan Nandín (em dúvida), Vinarcik, Alex.P, Pedro.S, (opção)

Substituições Benfica:

62 – Saíram Sudakov e Prestianni, entraram Barreiro e Schjelderup

67 – Saiu Richard.R, entrou João.R

77 – Saíram Pavlidis e Lukebakio, entraram Ivanovic e Ivan.L

Substituições Arouca:

Intervalo – Saíram Van Ee e Pablo, entraram Lee Hjunju e Fukui

62 – Saiu Trezza, entrou Djouara

85 – Saiu Barbero, entrou Mansilla

89 – Saiu Solà, entrou Danté

Arbitragem:

Hélder Carvalho, José.M, Francisco.P e Flávio.D. No VAR, Luís Ferreira e Inácio.P.

Disciplina Benfica:

Cartão amarelo a Lukebakio (59) e Prestianni (62)

Disciplina Arouca:

Cartão amarelo a Esgaio (43) e O.Fayed (82)

Onzes titulares de Benfica e Arouca

Texto: Simão Duarte

Foto: Pedro Fontes – FCA

sobre o autor
Simão Duarte
Discurso Direto
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