Vasco Seabra: “É uma derrota dura, mas é uma derrota que vale três pontos”

O treinador do FC Arouca apontou o foco para a recuperação das “feridas” e para o próximo jogo

No final de uma pesada goleada, Vasco Seabra, na sala de imprensa do Estádio José Alvalade, mostrou-se ciente do aumentar da dificuldade após a expulsão de Dylan Nandín, contudo, o técnico apontou o foco para a recuperação das “feridas” e para a receção ao Rio Ave. Estas foram algumas das questões colocadas ao treinador do FC Arouca:

  • O que se diz aos jogadores depois de uma derrota desta magnitude?

“É uma derrota dura, mas é uma derrota que vale três pontos. Eu sei que é um chavão aquilo que estou a dizer, mas é a realidade. Penso que até ao 2-0 estávamos a conseguir competir no jogo, contra um Sporting muito forte, difícil de jogar cá, e com a expulsão e respetivo penálti, o jogo fica desbloqueado e difícil.

Penso que a nossa equipa podia, num ou noutro momento, ter sido mais agressiva. Essencialmente é percebermos que não fizemos tudo mal no jogo, tivemos bastantes coisas muito boas e algumas menos boas, tal como tínhamos feito na semana passada. Acabamos a 2ª jornada com três pontos, com três golos marcados e sete sofridos. Olhamos com muita confiança para o plantel, para o que os jogadores têm de capacidade para fazer, confiamos muito no processo. É momento de sofrer, lamber feridas, levantar na terça-feira com energia máxima e preparar o Rio Ave, que é o próximo jogo, o mais importante de todos.”

  • Foi um jogo complicado para o Arouca. Taticamente, onde é que sentiu mais dificuldades, com e sem bola?

“Foi mais difícil mesmo quando estávamos 11 para 11, principalmente nesse momento (sem bola), porque 11 para 10 fica tudo mais complexo. No primeiro momento, tínhamos intenção de pressionar de forma mais efetiva a construção a 3 (do Sporting), sabendo que o Fresneda podia desbloquear por dentro e ficar com uma construção a 4. Sabíamos que queríamos ser pressionantes nesse momento, tivemos mais dificuldades com o Fresneda constantemente a sair de posição e a criar dificuldade, com abertura de espaço para a bola entrar no Geny (Catamo), e nesse momento, quando a bola entrava no Geny, era o mais difícil, porque tínhamos o Fukui por dentro, a fechar mais o Trincão, e precisávamos que ele basculasse mais rápido, para fazer 2 contra um no corredor.

O controlo do corredor dificultou-nos um pouco mais, porque são momentos muito fortes do Sporting e nós tivemos alguma dificuldade, porque como não conseguíamos pressionar tão forte e tão capaz à frente, tivemos mais dificuldade em controlar o corredor, éramos empurrados para trás e depois a nossa pressão ficava em bloco mais baixo. Impedia-nos de sair com tanta fluidez quanto aquela que queríamos.

Com bola, estávamos a conseguir descobrir a maioria das coisas. Com a expulsão, o jogo ficou, muito cedo, difícil de nós conseguirmos construir. Ainda assim, penso que nós fomos encontrando o espaço, principalmente à largura pelo Lee (Hyunju) e, do lado direito, a bola a conseguir ir dentro-fora ou fora direto pelo Alex (Pinto), para depois conseguirmos progredir. Conseguimos ter duas ou três saídas com qualidade, faltou-nos depois essa continuidade no jogo.

Quando ficamos com 10, procuramos fechar mais os corredores, para tentar estancar o que já referi, mas acabamos por praticamente, tirando uma oportunidade que o Sporting falha, todas as vezes que teve acabou por fazer golo. O resultado acabou por se avolumar, uma vitória justa do Sporting, eventualmente por números um bocadinho mais exagerados do que aquilo que o jogo propôs”.

  • Que interpretação tem do lance do penálti e da expulsão do Dylan Nandín?

“Ainda não vi a repetição, mas a impressão de campo, se o nosso jogador lhe toca, compreendo que seja penálti. Expulsão, parece-me demasiado violento para aquilo que me pareceu a olho nu. Independentemente disso, foi o que o árbitro decidiu, tivemos de seguir com isso.”

  • Opinião sobre os horários dos jogos da Liga, tendo em conta a opinião desfavorável de outros treinadores, devido ao calor intenso durante o início do dia (manhã e tarde), e se sente que o futebol está cada vez menos feito para os adeptos

“Eu concordo com os meus colegas, acho que os jogos têm de ser em horas possíveis para os jogadores poderem competir num nível mais alto”.

Texto e Foto: Simão Duarte

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Simão Duarte
Discurso Direto
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