Joel Pinho reage ao caso João Basso: “É inaceitável uma equipa que tem Neymar não ter 2,5 milhões de euros para pagar o que deve”

Há um novo capítulo na “novela João Basso”: o Santos FC conseguiu efetuar o recurso da condenação da FIFA e, assim, adiar o julgamento e o pagamento dos 2,5 milhões de euros. Uma decisão que obteve o desagradado do FC Arouca, na medida em que Joel Pinho, diretor-geral do FCA, em declarações ao “Globo”, mostrou-se incrédulo.

“É inaceitável uma equipa que tem Neymar e contratou o Benjamín Rollheiser (ex-Benfica) por 12 milhões de euros na última janela não ter 2,5 milhões de euros para pagar o que deve. Usar o CAS (Tribunal Arbitral do Desporto) para ganhar tempo é algo que não é de clube sério. É Inacreditável! O Santos sabe que tem que pagar. Eles não têm nenhum argumento válido. Só querem ganhar tempo”, começou por apontar.

Joel Pinho referiu de seguida a tentativa de acordo, na qual o histórico emblema brasileiro enviou um representante a Portugal para tentar alcançar um acordo pela dívida. No entender do dirigente arouquense, tal acordo “em nada defendia os nossos interesses”. Questionado sobre se aceitaria o pagamento em prestações, como era intenção do Santos FC nessas negociações, Joel Pinho foi perentório: “O Arouca não é nenhum banco. A dívida já tem dois anos. Não faz sentido pagamento em prestações”.

O caso encontra-se agora em análise e, segundo o emblema santista, um novo julgamento só deverá acontecer, pelo menos, daqui a seis meses ou até um ano.

Recorde-se que o Santos tem de liquidar o pagamento de 2,5 milhões de euros, valor que já engloba meio milhão (500 mil euros) de uma multa que a FIFA aplicou devido ao atraso no pagamento. Quer isto dizer que, devido ao atraso no pagamento, o FCA irá receber mais meio milhão de euros pela venda de João Basso.

Nos mercados de transferências de verão e inverno da época passada (24/25) foi equacionado um regresso de Basso aos arouquenses, por empréstimo, como forma de abater a dívida em questão. Cenário que o próprio jogador confirmou, em entrevista à imprensa brasileira, admitindo, em dezembro de 2024, que “estava certo. A mala estava pronta, a passagem (bilhete de avião) estava quase comprada”.

Texto: Simão Duarte

Foto: Santos FC

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