Luís Montenegro foi indigitado Primeiro-Ministro na passada quinta-feira, 29 de maio, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A decisão surgiu após a nova ronda de audições às três forças políticas mais votadas nas Eleições Legislativas do dia 18 de Maio.
Em declarações aos jornalistas, o líder da AD — coligação PSD/CDS, garantiu que o novo executivo vai dar “sequência ao trabalho que veio realizando ao longo do último ano”, focando na “primazia ao crescimento da nossa economia”.
Apesar de não ter alcançado a maioria desejada, Montenegro colocou de parte qualquer acordo de governação ou de incidência parlamentar com os restantes partidos. No entanto, afirmou que vai dialogar com todas as forças políticas “na procura das melhores soluções legislativas e governativas”. Além disso, o presidente do PSD deixou ainda claro que a “revisão constitucional não é uma prioridade do Governo”.
De referir que no dia 3 de junho realiza-se a primeira sessão plenária da Assembleia da República (AR), onde José Pedro Aguiar-Branco deverá ser, ao que tudo indica, reeleito presidente da AR. Marcelo Rebelo de Sousa já referiu que espera dar posse ao novo Governo antes do 10 de junho.
Após conhecidos os resultados a nível nacional, aguardava-se para perceber como seria a distribuição dos quatros mandatos referentes aos círculos da emigração.
Com 92.192 votos, o equivalente a mais de 26% da votação, o Chega elegeu dois deputados, passando a ser a segunda força política em Portugal ao totalizar 60 assentos na Assembleia da República.
A AD – coligação PSD/CDS também conquistou dois mandatos nos círculos da emigração, aumentando para 91 o número de deputados no Parlamento.
O Partido Socialista, por sua vez, obteve 13,53 % dos votos da emigração (47.693), ficando no terceiro lugar. Pela primeira vez na história da democracia portuguesa, o PS não elegeu qualquer deputado pelos círculos eleitorais fora do território nacional.
Depois de vários meses de espera, Henrique Gouveia e Melo finalmente oficializou o que já se esperava: o Almirante é candidato a Presidente da República.
Seguindo o mote “Unir Portugal!”, a candidatura foi apresentada publicamente e oficialmente na noite do passado dia 29 de maio, quinta-feira, na Gare Marítima de Alcântara, Lisboa.
“Portugueses, apresento-me diante de vós como candidato à Presidência da República. Nos últimos três anos, senti, de forma crescente, o apelo para que me candidatasse, um apoio espontâneo, genuíno e persistente que muito me honra, mas também me responsabiliza”, começou por declarar, apontando logo de seguida que se candidata da mesma forma com que esteve ao serviço do país, pela Marinha e pelas Forças Armadas: “Estou aqui porque não consegui ficar de braços cruzados, porque amo este país e sinto que é meu dever agir, com a mesma entrega com que servi a Marinha, as Forças Armadas e Portugal durante 45 anos. Com a mesma coragem com que jurei dar a vida pela Pátria, se necessário”.
Gouveia e Melo puxou novamente do currículo para provar as suas capacidades para ser Presidente da República: “Estive sempre onde o país me chamou. Comandei missões exigentes nas Forças Armadas, estive com as populações em Pedrógão no meio das cinzas e da dor. Coordenei, com muitos, a campanha de vacinação contra o Covid-19, quando mais Portugal mais precisava de organização, confiança e liderança”.
No discurso, existiu ainda um olhar crítico sobre as democracias, referindo que no mundo veem-se “nuvens carregadas de incerteza e de perigo no horizonte” e que Portugal precisa de um presidente “acima de disputas partidárias”: “Acredito que agora, mais do que nunca, precisamos de um presidente diferente. Um presidente capaz de unir, de motivar e dar sentido à esperança, capaz de ser consciência e exemplo, de ajudar a mudar aquilo que há tanto tempo precisa de ser mudado. Um presidente estável, confiável e atento, acima de disputas partidárias, longe das pressões e fiel ao povo que o elegeu”.
Nos últimos dias, têm chegado novos relatos da situação na Faixa de Gaza, os quais não são nada animadores. No passado domingo, dia 1 de junho, existiu um ataque israelita a poucos quilómetros de Rafah, o qual fez mais de 30 mortos e 200 feridos. Tal ficou a dever-se aos novos centros de distribuição de ajuda, sob a tutela dos Estados Unidos da América e de Israel, os quais obrigam, segundo as palavras de Lazzarini, comissário-geral da agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinianos (UNRWA), a que “milhares de pessoas famintas e desesperadas a caminhar dezenas de quilómetros até uma zona praticamente pulverizada devido aos intensos bombardeamentos do exército israelita”.
Uma série de ativistas, nos quais se inclui Greta Thunberg, vão até Gaza num veleiro, para “tentar abrir um corredor humanitário e romper o cerco”.
Texto: Sofia Brandão e Simão Duarte
Fontes: RTP, Antena1, Renascença, Diário de Notícias e Público
O envio da nossa newsletter é semanal.
Garantimos que nunca enviaremos publicidade ou spam para o seu e-mail.
Pode desinscrever-se a qualquer momento através do link de desinscrição na parte inferior de cada e-mail.