Os resultados das Eleições Legislativas do passado dia 18 de maio não deixaram dúvidas sobre a pesada derrota do Partido Socialista, com Pedro Nuno Santos a apresentar a demissão nessa mesma noite. Praticamente uma semana depois, no passado sábado, dia 24, a Comissão Nacional do partido reuniu-se em Lisboa e aprovou a realização de eleições internas para 27 e 28 de junho, com o prazo para apresentação de candidaturas fixado em 12 de junho.
À saída, Carlos César, presidente do PS, indicou aquele que considera ser o nome mais forte para liderar o partido: “As pessoas com quem falei manifestaram-me que não tinham interesse em candidatar-se. Tudo indica que o secretário-geral será José Luís Carneiro, ou pelo menos que o candidato mais forte, mais consolidado, mais conhecido, será o José Luís Carneiro”, afirmou.
Também o próprio José Luís Carneiro falou aos jornalistas, referindo ter “vontade e disponibilidade para saber ouvir e dar voz não apenas aos meus camaradas, mas também ao conjunto dos portugueses”. Mostrou-se também disponível para “garantir a construção de uma solução de unidade”, acrescentando que “o Partido Socialista, naquilo que de si depender, tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país (…). Compete ao Governo, à AD, dar naturalmente o primeiro passo para que esse diálogo se possa encetar”.
Antigo ministro da Administração Interna (2022-2024), José Luís Carneiro foi candidato a secretário-geral do Partido Socialista em dezembro de 2023, mas perdeu essa corrida, obtendo apenas 36% dos votos, contra 62% de Pedro Nuno Santos.
Após as eleições legislativas, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, concluiu, na passada sexta-feira, a primeira ronda de audiências com os partidos que obtiveram representação parlamentar, com o objetivo de indigitar o próximo primeiro-ministro.
As audiências tiveram início na terça-feira, dia 20, com os três partidos mais votados: PSD, PS e Chega. Nesse mesmo dia, numa cerimónia comemorativa dos 40 anos da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), Marcelo afirmou que “vamos ter estabilidade”, e considerou que os encontros “correram bem”, antecipando já a segunda ronda com estes três partidos.
Durante o resto da semana, foram ouvidos a Iniciativa Liberal, o Livre, o PCP, o Bloco de Esquerda, o CDS-PP, o PAN e o Juntos pelo Povo (JPP), este último que se estreia Assembleia da República. A segunda ronda, com PSD, PS e Chega, acontece na próxima quinta-feira, dia 29, já depois de serem conhecidos os resultados dos círculos da emigração.
Certa é já a apresentação, por parte do PCP, de uma moção de rejeição do programa do Governo. “Não podemos ficar à espera e temos de fazer tudo o que está ao nosso alcance para travar o desmantelamento do SNS, o assalto à Segurança Social, às alterações laborais, o processo de privatizações que está em curso. E a primeira iniciativa para travar isso é a apresentação de uma moção de rejeição ao programa do Governo”, anunciou o secretário-geral Paulo Raimundo em conferência de imprensa na sede nacional do partido.
Na passada sexta-feira, dia 23 de maio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, efetuou nova ameaça à União Europeia na rede social “Truth Social” (Verdade Social), cujo proprietário da mesma é ele próprio.
Apontando que as negociações com a EU “não estão a levar a lado nenhum”, Trump ameaçou aplicar tarifas de 50% a todos os bens importados a partir do próximo dia 1 de junho. Um agravamento de 30%, tendo em conta que as anteriores eram de 20%, como referimos nesta rubrica anteriormente.
Bastaram dois dias para que o presidente dos EUA efetuasse novo ziguezague, tendo recuado na aplicação do agravamento das tarifas. Ao final do passado domingo, dia 25 de maio, Trump falou ao telefone com Ursula von der Leyer, presidente da Comissão Europeia e, aos jornalistas, referiu que a conversa foi “muito agradável” e que tomou a decisão de “adiar” a medida.
Esta segunda-feira, a Rússia efetuou a maior investida aéreo à Ucrânia desde o início da guerra, tendo enviado cerca de 270 drones e mísseis, que mataram 12 pessoas (nas quais se incluem três crianças) na região de Zhytomyr, zona norte do país ucraniano. É o terceiro dia seguido desta investida mais intensa.
Zelenski, presidente da Ucrânia, exigiu novas sanções contra a Rússia: “Sem uma pressão verdadeiramente forte sobre os dirigentes russos, esta brutalidade não pode ser travada (…) Tudo isto exige uma resposta – uma resposta forte dos Estados Unidos, da Europa e de todas as pessoas do mundo que querem que esta guerra termine (…). Donald Trump já reagiu aos acontecimento, tendo dito que Putin está “absolutamente louco”.
Texto: Sofia Brandão e Simão Duarte
Fontes: RTP, SIC, Jornal de Negócios e Público
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