Cinfães assinalou 51.º aniversário da Revolução dos Cravos

Apesar do céu fechado e da manhã estar fresca, a população de Cinfães reuniu-se em força para celebrar o 51.º aniversário da Revolução dos Cravos. As cerimónias, organizadas pela Câmara Municipal, decorreram com a solenidade e a esperança que marcaram o dia em 1974.

A Fanfarra dos Escuteiros de Oliveira do Douro abriu as comemorações, percorrendo as principais ruas da vila. A marcha partiu dos Paços do Concelho em direção ao largo da Igreja Matriz, regressando ao ponto de partida ao som de tambores, despertando a atenção de quem passava.

Em tradição recuperada, foram distribuídos cravos vermelhos à população – símbolo maior da revolução e homenagem a Celeste Caeiro, a “Mulher dos Cravos”, que faleceu em novembro de 2024.

Às 11h00, a alvorada deu lugar a um minuto de silêncio em memória do Papa Francisco, que faleceu recentemente, cujos valores de fraternidade e paz se consideram em linha com o espírito de Abril. Seguiu-se o hastear da bandeira nacional a meia haste nos Paços do Concelho, acompanhado pela guarda de honra dos Bombeiros Voluntários de Cinfães e de Nespereira e pela interpretação do Hino Nacional, pela Orquestra de Sopros e Coro da Academia d’Artes de Cinfães. Para encerrar o momento solene, ouviu-se ainda “Grândola, Vila Morena”, hino da Revolução de Abril.

Em declarações ao Discurso Directo, Serafim Rodrigues, presidente interino da Câmara Municipal – na sequência da suspensão do mandato de Armando Mourisco às eleições autárquicas que se avizinham –, explicou a decisão de manter o programa inicial:

“Ponderámos cancelar as atividades, mas lembrámo-nos dos valores que o Papa Francisco defendia: democracia, liberdade e esperança. A Revolução de Abril foi uma manifestação de liberdade, de paz e de esperança de um povo que até então estava oprimido, e é nosso dever dar continuidade a este sentimento de democracia no nosso país.”

Os populares confirmaram o apoio à iniciativa, sublinhando a importância de revisitar a história e reforçar o compromisso cívico. “É fundamental não deixar que o 25 de Abril caia no esquecimento”, comentou uma popular, enquanto segurava um cravo oferecido.

Texto e Foto: Pedro Gonçalves

sobre o autor
Pedro Gonçalves
Discurso Direto
Partilhe este artigo
Comentários
Relacionados
Newsletter

Fique Sempre Informado!

Subscreva a nossa newsletter e receba notificações de novas publicações.

O envio da nossa newsletter é semanal.
Garantimos que nunca enviaremos publicidade ou spam para o seu e-mail.
Pode desinscrever-se a qualquer momento através do link de desinscrição na parte inferior de cada e-mail.

Veja também