Pelas 18h00 de amanhã, sábado, o FC Arouca vai receber o Estrela da Amadora, em encontro a contar para a 30ª jornada da Liga Portugal, no qual os arouquenses procurarão certamente quebrar a sequência de jogos em casa sem vencer: os Lobos de Arouca não vencem na sua casa desde finais de janeiro.
Com cinco jogos (contando com o de amanhã) em disputa até ao final, os arouquenses já atingiram a marca dos 30 pontos, mas, apesar de próximos disso, a manutenção ainda não está matematicamente garantida. O mesmo acontece com o Estrela da Amadora, contudo, o emblema da Amadora está em posição mais aflitiva, com apenas três pontos de vantagem e um lugar acima dos três de descida.
O histórico de confrontos é recente (apenas três jogos) e está totalmente empatado, contando com uma vitória para cada lado e um empate. No duelo da primeira volta, os arouquenses perderam na Amadora por 2-1.
Para este encontro, o treinador Vasco Seabra já volta a contar com Henrique Araújo e Chico Lamba, os quais deverão fazer parte da convocatória.
Na conferência de imprensa de antevisão, o treinador Vasco Seabra, afirmou que a equipa não se irá sentir deslumbrada com o resultado da semana passada e abordou também o dado que indica que o FCA é a equipa que mais golos sofre de bola parada. Estas foram algumas das questões colocadas ao técnico:
“Pode servir de alerta, até porque vamos defrontar um adversário muito agressivo, muito intenso sempre. Joga, tal como nós, com uma vontade muito grande pelos pontos. É uma equipa que nunca larga, tem sempre um compromisso muito grande ao jogo durante todo o jogo.
É um jogo onde temos de estar na nossa plenitude, sabendo também que as duas últimas vitórias que o Estrela da Amadora conseguiu foram fora de casa, por isso sabemos que é um adversário que tem muita alma também. Temos o nosso exemplo de lá, em que efetivamente estávamos a fazer um excelente jogo e acabou por ser possível o Estrela da Amadora virar, em lances, uma vez de um lançamento, outra de um livre. Lances que são um bocadinho do que está a acontecer no jogo, o que nos deixa o alerta para estarmos sempre vivos.
Sabemos que temos de encontrar o nosso caminho e dar essa sequência, porque temos muitos pontos para conquistar, queremos muito conquistá-los e, para isso, temos de estar na nossa máxima ambição e exigência.”
“Nós lidamos da mesma forma com o elogio e com a crítica negativa. Temos falado desde o início sobre o nosso equilíbrio, em que na euforia ou na depressão, nós íamos querer andar sempre no equilíbrio. Com uma alegria muito grande, uma energia grande interna e confiando muito nos nossos jogadores.
A proposta de jogo é ambiciosa, não vou esconde-lo, que exige muito dos jogadores, que exige um compromisso muito grande deles. Nós temos tido a oportunidade de lidar com jogadores que têm um caráter inacreditável, uma ambição muito grande. Quando não ganhamos, sabemos que demos tudo de nós para tentarmos ganhar e, independentemente do adversário que defrontarmos, tentamos fazê-lo.
Em Braga, fizemos uma excelente segunda parte, no Sporting também tínhamos feito um excelente jogo na sua globalidade, aqui com o Porto perdemos e também tivemos um jogo de domínio.
Independentemente de tudo aquilo que se possa passar num jogo grande, nós temos é que dar sequência a isso. Não podemos ficar a olhar para o espelho encantados connosco mesmos e ficarmos muito orgulhosos daquilo que fizemos, sem darmos sequência àquilo que é o nosso trabalho no dia a seguir. Esta equipa que temos dá-nos essa oportunidade e confiança de sentirmos que fizemos bem as coisas, sentirmos que fizemos um bom jogo, sentirmos que fomos corajosos e bravos, mas sentimos que agora temos de ser tanto ou mais. Temos de dar o passo à frente e conseguir, nos cinco jogos finais, um de cada vez, enfrentarmos este jogo com uma ambição muito grande e darmos sequência à qualidade de jogo, mas principalmente em pontos.”
“Eu só tenho pena que isso tenha acontecido por uma razão. Acho que nós andamos sempre no ‘fait divers’ e acho que acabamos por entrar em escrutínios que não são os melhores.
Infelizmente, não temos árbitros no Mundial de Clubes e nós temos excelentes árbitros. Se calhar, muito advém daquilo que nós, e eu estou-me a incluir nestas críticas, porque também já tive momentos em que acabei por dizer coisas que não devia ter dito ou ter reações que não devia ter tido.
Todos nós temos de olhar muito mais para o jogo, para a defesa da arbitragem, dos jogadores e dos treinadores e enfretarmos isso com naturalidade. Todos nós já cometemos erros, já tivemos erros a nosso favor, erros contra. Na frieza das coisas, temos de ser muito mais elogiadores do trabalho dos árbitros, para que eles possam depois tomar as decisões muito mais serenos, tranquilos e conscientes, como os treinadores e jogadores.”
“Nós temos por hábito trabalhar as bolas paradas, sejam defensivas ou ofensivas, durante toda a semana e todas as semanas. Não foi uma semana particular em relação a isso, mas não vou esconder que é uma reflexão nossa já de umas quatro semanas para cá. Porque, independentemente de termos sofridos agora nestas últimas duas semanas, estávamos a permitir que o adversário tivesse alguns toques na bola antes de nós.
São dados que vamos tentando sempre recolher, para que possamos antecipar as situações e possamos tentar ser mais fortes naquilo que são as nossas fragilidades. Ou seja, analisamos sempre as nossas fragilidades, tentando compensá-las, para que se tornem forças.
A verdade é que a bola parada defensiva, principalmente nos cantos, temos sofrido algumas situações. Quando não dão golo como essas duas (cortes de Fontán e Alex Pinto, perto da linha de golo, na primeira parte do jogo com o Benfica), o adversário conseguir tocar na bola. Por exemplo, no jogo com o Estoril sofremos de penálti, no jogo com o Famalicão sofremos de canto. São situações em que o momento do jogo tem tanta influência como o momento corrido.
Nós sabemos que temos de ser altamente agressivos, temos de ter uma atitude e uma proatividade provavelmente maior, e obviamente também irmos corrigindo posicionamentos e, dentro desses posicionamentos, sermos altamente proativos.”
No que às ausências diz respeito, Nino Galovic, David Simão, Tiago Esgaio e Matías Rocha, por lesão, são as únicas ausências confirmadas. Recordar ainda que Trezza, Jason, Fukui, Weverson, Pedro Santos e Loum estão à bica e, se virem amarelo, falham o duelo na próxima jornada contra o Santa Clara.
Onzes prováveis de FC Arouca e Estrela da Amadora
Texto e Foto: Simão Duarte
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