Associação participa no Corso Carnavalesco Municipal desde a 1ª Edição

Com uma tradição de comemoração do Carnaval enraizada desde a criação da associação, em 1978, o Centro Desportivo e Recreativo de S. Pedro de Nabais abriu as portas e mostrou ao DD de que maneira prepara o seu corso de Carnaval, com o qual desfila pelas ruas da Vila de Arouca, na terça feira de Carnaval. Além de todos os passos do making of, o dirigente da coletividade, Marcelo Relvas, partilhou com o nosso jornal um pouco da história Carnavalesca do CDR Nabais, qual a inspiração para a escolha do tema, materiais usados e a importância que atribuem à preservação desta tradição.

Desde a sua criação em 1978 que o CDR Nabais realiza atividades de Carnaval, quer “na sua sede”, quer na “comunidade local”. No que se refere ao Corso Municipal participam “desde a 1ª edição do desfi le das Associações”, quem o adianta é Marcelo Relvas, Presidente do CDR de Nabais. Esta experiência, para o dirigente, é “sempre enriquecedora e de muita diversão”, sendo que o trabalho de montagem começa logo a ser realizado na Sede da Associação, em Nabais.
Este ano a Associação representou “as camareiras no novo Hotel do Convento”. A escolha da temática foi para que de uma forma “divertida e simbólica” se celebrasse “um marco histórico no concelho”.

“Participamos no Corso Carnavalesco Municipal desde a 1ª Edição”

“Pela primeira vez, o convento será transformado num hotel, dando-lhe uma nova vida e promovendo o turismo na região. O turismo é uma peça fundamental para o desenvolvimento local, trazendo dinamismo e oportunidades, e quisemos prestar homenagem a este novo projeto que combina história, tradição e modernidade. Através das nossas camareiras, levamos ao desfile essa transição, com alegria e espírito festivo, mostrando como o passado e o futuro podem caminhar lado a lado”, acrescentou.

Ficamos igualmen- te a saber que usam “muitos materiais reciclados e reutili-
zados, assim como materiais leves como EVA, papelão e esferovite”. Além disso, deram uma “segunda vida a móveis, eletrodomésticos e livros” para criarem os cenários dos carros alegóricos, e usaram materiais de outros desfiles e eventos, para “reduzir o desperdício e tornar o desfile mais sustentável”. “A pegada ecológica é uma preocupação constante, e procuramos equilibrar a criatividade com responsabilidade ambiental”.

A preparação já começou “há alguns meses, com a escolha do tema, planeamento de figurinos e preparação da coreografia”, e depois, “ao longo das semanas”, tiveram um grupo encarregue das preparações, apesar de “todos, de uma forma ou de outra,” acabarem por dar o seu contributo.

“A pegada ecológica é uma preocupação constante”

Um dos maiores desafios foi encontrar “os cenários ideais para representar nos carros alegóricos”, uma vez que a associação queria que “cada detalhe refletisse bem a transformação do convento num hotel, respeitando a sua história e, ao mesmo tempo, trazendo um toque criativo ecarnavalesco”. O mais prazeroso, segundo Marcelo Relvas, foi “ver tudo a ganhar forma ao longo do tempo”, desde a “escolha do tema até à construção dos carros alegóricos e dos figurinos”. “Cada etapa trouxe desafios, mas também muita criatividade e trabalho em equipa.”

Paralelamente o signifi cado do Carnaval para o CDR de S. Pedro de Nabais traduz-se numa ocasião para os “membros da comunidade local, de todas as idades, se juntarem, divertirem e mostrarem a sua criatividade e expressão cultural”. Sem o esforço por parte da associação que dirige, e das restantes associações, Marcelo Relvas acredita que a tradição já se tinha extinguido, pois as coletividades “desempenham um papel fundamental na manutenção das tradições, permitindo à comunidade continuar a viver e a celebrar o que os seus antepassados criaram e partilharam entre si”.

A próxima atividade do CDR de S. Pedro de Nabais será a celebração do Aniversário da Associação, no dia 5 de abril, em Nabais, na sua sede.

Ana Isabel Castro
Fotos: CDR de S. Pedro de Nabais