Tanto o FC Arouca como Vasco Seabra venceram os dragões na época transata
Após o empate a duas bolas na jornada transata contra o Farense, o FC Arouca defronta amanhã, sábado, pelas 18h00, o FC Porto, uma partida de exigência maior e para a qual é esperada casa cheia.
O momento atual de ambas as equipas é bastante distinto, na medida em que os arouquenses encontram-se há oito encontros consecutivos sem perder, ao passo que os azuis e brancos, contrariamente ao que é seu hábito, têm vivido tempos conturbados, com uma recente eliminação da Liga Europa.
Ainda assim, o histórico de confrontos é bastante esclarecedor e abonatório dos dragões: em 16 jogos entre as duas equipas, 13 destes foram vencidos pelo FCP. As exceções à regra são um empate a uma bola, registado na época anterior (jogo marcado pela polémica falta de imagens do VAR) e dois triunfos dos Lobos de Arouca, um deles conquistado na temporada passada no Estádio Municipal de Arouca. E por falar em vitórias na época passada, dar nota de que Vasco Seabra, à data no comando do Estoril, conseguiu a proeza de vencer o FC Porto em três duelos distintos.
Na conferência de imprensa de antevisão, o técnico Vasco Seabra mostrou-se orgulhoso com a renovação do seu contrato e abordou o momento de forma adversário e sua ideia de jogo, bem como os desafios que o FCP poderá colocar ao FCA. Estas foram algumas das questões colocadas ao treinador:
“Tem um significado do que já vem acontecendo de algumas semanas para cá, até diria praticamente desde o início da nossa entrada, o sinal de confiança que íamos sentindo das pessoas que nos lideram da estrutura, da ligação que temos criado com os jogadores e também da forma como nos sentimos valorizados e como nos sentimos confiantes para que as coisas possam correr bem.
Portanto, é um motivo de orgulho, de sinal dessa confiança, dessa empatia que criamos uns com os outros. E, portanto, sentimo-nos felizes, com uma vontade muito grande e uma ambição muito grande de continuarmos a fazer bem e, obviamente, se possível, fazermos melhor.”
“Mesmo dentro dessas dinâmicas do FC Porto, é uma equipa que varia muito, varia muito em termos de construção. Seja com os centrais a progredirem, seja com o médio em primeira fase a crescer e a circular com guarda-redes. Ou seja, é um FC Porto que varia muito a forma de construir, varia muito também os jogadores e isso varia, naturalmente, depois os posicionamentos que ocupam. Estamos preparados para enfrentar o que vier. Sabemos que vamos ter uma equipa ferida, que quer responder ao que tem sido também um momento menos favorável.
Sabemos que vamos ter que lidar com um adversário cheio de qualidade individual, com um treinador que também chega com muita vontade de mostrar o que consegue fazer. E nós, mais do que outra coisa qualquer, olhamos muito para nós, o nosso foco para a nossa equipa, para o que conseguimos fazer, para a forma como temos que, nas forças do FC Porto, estar no nosso melhor e, naquilo que são as fragilidades, procurarmos aproveitar valorizando aquilo que é nosso. Por isso, sempre muito olhar para nós, com o objetivo de, no jogo do gato e do rato, sermos nós a fazer por estar por cima.”
“O principal desafio vai ser emocional, porque vai ser uma equipa que vem com uma vontade muito grande de entrar muito forte no jogo e de querer mostrar logo e dar uma resposta. Por isso, eu acho que esse é o principal desafio, que é uma equipa cheia de qualidade que, obviamente, vai entrar com um entusiasmo muito grande de querer dar essa resposta. E, portanto, nós estamos preparados para isso.
Sabemos que vamos ter que lidar com um adversário que vem com essa força e, independentemente daquilo que é a opinião de que os grandes estão assim ou assado ou que está mais nivelado por cima ou por baixo, eu acho sempre que é muito interessante quando a gente analisa as coisas e analisa sempre as coisas pelo lado de eles estão piores. Há sempre a vontade de fugir à parte de que os que são menos grandes também trabalham muito e também complicam muito a vida dos outros.
Por isso, eu acho que nós temos que realmente valorizar aquilo que tem sido também o trabalho das equipas médias que procuram, naturalmente, retirar mais pontos aos grandes. Temos que saber que eles têm muita qualidade, eles vão fazer um jogo que nos vai levar para um grau de dificuldade altíssimo e, portanto, nós temos que, nessa força deles, estar realmente na nossa maior virtude que é a capacidade de competirmos, capacidade de unir-nos e olharmos para o jogo com uma competição muito grande.”
“Eu gosto muito de lhes dar prendas, que são os calduços quando eles passam ali no túnel. Mas dificilmente dou prendas, eles têm mesmo de conquistar. Eles sabem disso. Nunca há a oportunidade vinda do nada.
As oportunidades que vêm vão ser sempre conquistadas por eles. Sabem que eu sou muito exigente com eles, defendo-os com tudo o que tenho, mas sabem também que, para eu os defender, têm de dar tudo o que têm no treino e competir para poderem ser chamados quando eu assim entender. O Dylan (Nandín), tal como os outros, tem entrado muito bem. Quem tem vindo do banco tem ajudado quase sempre.
Por isso, todos os que estão lá dentro têm cumprido quase sempre. Quando não cumprem tão bem, surgem oportunidades para outros. Este é um desafio, um ciclo diário.”
Nino Galovic mantém-se lesionado, sendo a única ausência confirmada. Tiago Esgaio, que falhou o jogo anterior (empate a duas bolas contra o Farense) por lesão, continua em dúvida até ao início da partida, pelas 18h00 de amanhã (sábado, dia 1 de março). Jason e Weverson mantém-se “à bica”, com 4 amarelos, e irão falhar a partida fora de portas contra o AVS no caso de verem um cartão amarelo amanhã.
Os onzes prováveis de FC Arouca e FC Porto
Texto: Simão Duarte
Foto: Pedro Fontes
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