Pelas 20h30 deste sábado, o líder Sporting vai receber em Alvalade o FC Arouca, 12º classificado. Desde o duelo na primeira volta em Arouca, onde os leões venceram por 0-3, muita coisa mudou: para além de transferências, no lado arouquense existiram uma troca de treinador e uma mudança de paradigma nos resultados, com os Lobos de Arouca a viverem agora a sua melhor fase da época, estando invictos em 2025 (3 vitórias e 2 empates).
Os leoninos mudaram de treinador duas vezes (Rúben Amorim, João Pereira e agora Rui Borges), mudaram o sistema de jogo habitual (3x4x3 para 4x3x3/4x2x3x1) e, desde a saída de Amorim, ainda não conseguiram igualar o momento de forma de então. Rui Borges parte para este duelo com várias baixas (Pedro Gonçalves, Morita, Geny Catamo e Nuno Santos por lesão, Diomande e Matheus Reis por castigo) e vem de uma derrota contundente, a meio da semana, para a Liga dos Campeões (0-3 em casa, contra o Dortmund).
O histórico de confrontos entre ambas as equipas é claro: nos 18 encontros disputados para todas as competições, o Sporting venceu 16 destes. As exceções são um empate em Alvalade a uma bola em 22/23 e uma vitória arouquense pela margem mínima, no encontro da primeira volta dessa mesma época.
Na conferência de antevisão ao encontro, o treinador Vasco Seabra analisou o adversário, abordou o momento atual de forma e utilizou-o para explicar que, independentemente de quem jogue do lado leonino, os atletas arouquenses estão preparados para o que acontecer no encontro.
Estes foram alguns dos temas abordados pelo técnico:
“Vamos tentar competir. Acreditamos muito nos nossos jogadores e sabemos que vamos ter um adversário muito difícil, em Alvalade, fortíssimo. Independentemente de quem jogar, sabemos que vai ser um adversário que é muito capaz na profundidade, que tem um talento individual muito grande. Por isso, sabemos que vamos enfrentar um adversário que é o campeão nacional, o líder do campeonato e uma equipa muito difícil de defrontar.
Sabemos que vamos ter de estar no nosso limite, gostamos de nos desafiar. A equipa está a crescer, nos últimos 6 jogos fizemos 12 pontos, nos últimos 8 fizemos 15, o que também traduz a qualidade das nossas exibições, que têm vindo a ser traduzidas em pontos. É uma oportunidade para a qual olhamos com muita vontade de nos desafiarmos, de competirmos e podermos levar o jogo mais para o nosso lado, que é sempre o nosso objetivo.”
“Nós, muito mais do que olharmos para o momento do Sporting, que é sempre uma coisa de que desconfio, quando um grande tem um resultado que é menos saboroso ou menos capaz, a vontade que tem de dar uma resposta também é muito grande. Sabemos que vamos enfrentar um adversário que vai entrar muito forte de início, de certeza absoluta, e sabemos que nós, tal como fizemos no último jogo, temos de entrar fortes também e competirmos.
É virados para nós, virados para sabermos que vamos ter um adversário de muita valia, mas que também somos valentes e que podemos competir, jogar, tentar ter a bola, pressionar quando temos de pressionar e saber que, durante os diferentes momentos do jogo, vamos ter de sofrer nalguns, mas também vamos ter momentos em que queremos fazer o Sporting sofrer.
Ou seja, estamos preparados para, em função daquilo que acontecer, conseguirmos lidar com isso e, obviamente, não vou escondê-lo, esta última sequência de oito jogos, onde as exibições começaram a ser mais consistentes e que também produziram resultados, porque às vezes uma coisa não condiz com a outra e tem vindo a condizer, acredito que vai ser um bom jogo e acredito que vamos poder competir contra um adversário muito forte.”
“De jogo para jogo, a gente vai sempre ajustando algumas coisas em função das características individuais. Por exemplo, se jogam com extremos de pé contrário ou de pé aberto, se os médios são jogadores que fazem mais passes progressivos ou mais passes para encaminhar pelo corredor. Nós, em função disso, muitas das vezes procuramos que a nossa estratégia também se adapte e procuramos criar superioridades numéricas em determinados sítios quando estamos a defender para tentarmos não permitir que essas situações possam acontecer.
Este jogo tem essas características, sabemos que o Sporting é muito forte nos corredores, mas também é forte na profundidade, seja qual for o ponta de lança que joga. Tivemos esse nível de preocupação, que é um nível de preocupação normal em função de qualquer adversário que podemos apanhar. Não vamos fugir àquilo que somos enquanto equipa. Por vezes nós queremos pressionar muito à frente, queremos recuperar muitas bolas no meio campo ofensivo, mas a qualidade do adversário acaba por empurrar-nos um pouco para baixo. Outras vezes estamos a tentar até estar num bloco mais intermédio, mas saltamos mais à frente porque o adversário permite que isso aconteça
Ou seja, isto é um bocadinho o jogo do gato e do rato, mas em que aquilo que procuramos passar aos nossos jogadores é saberem estar nas diferentes zonas do campo a defenderem e a atacarem. Quando estamos nessas zonas, o que é que cada um tem de fazer e de que forma queremos anular tanto as virtudes como queremos aproveitar as fragilidade do adversário.”
Nino Galovic mantém-se como a única ausência de um encontro no qual Jason Remeseiro, Weverson e Nico Mantl, caso vejam amarelo, vão falhar a próxima jornada.
Onzes prováveis de Sporting CP e FC Arouca
Texto: Simão Duarte
Foto: Pedro Fontes
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