O Empresas & Empresários deste mês dá-lhe a conhecer a Quintãs Farm Houses, um paraíso no centro da vila, que pertence a Jorge Alexandre Ferreira e sua família, e leva os seus visitantes a integrarem-se num paraíso natural, com inúmeros animais acolhedores. “A forma como recebemos as pessoas, como estão tratados os animais, como está tratado o terreno. São esses três fatores que fazem das Quintãs Farm House uma experiência única e as pessoas terem repetido sistematicamente a visita”, resumiu o proprietário.
“Nunca saímos do 9,8, /9,9, e estamos a falar de 7 anos consecutivos”
Jorge Alexandre Ferreira começou por confessar que o surgimento deste complexo foi “uma brincadeira”. “Quando nós fizemos estes espigueiros, comecei por pensar que eram para os meus amigos e os amigos dos meus filhos, para eles estarem mais isolados e desfrutarem a nossa quinta, em vez de estarem diretamente na minha casa. A minha mulher e os meus filhos convenceram-me a abrir as Quintãs Farm Houses ao público sob uma condição: se achar que os nossos hóspedes perturbam os meus animais, torno a fechar. Mas não, as coisas correram muito bem e hoje é um ícone, não só em Arouca, mas como em Portugal”, realçou.
À entrada para o oitavo ano desde a sua criação, em 2024, as Quintãs Farm Houses voltaram a registar um bom ano de visitas, algo igualmente comprovado por terem voltado a ganhar “o prémio de hotel com melhores reviews em Portugal”. “Nunca saímos do 9,8, /9,9, e estamos a falar de 7 anos consecutivos”, informou Jorge Alexandre Ferreira desvendando que já se encontram “a construir mais apartamentos.” “Queremos ampliar, porque realmente não temos capacidade para a procura que temos aqui.”
Com carreira profissional feita no universo industrial, Jorge Alexandre Ferreira comparou esse ramo com o do turismo, por forma a explicitar o que pretendeu com a criação dos espigueiros. “Quando comecei a trabalhar, estive muito tempo na indústria, na Mabor e agora na BA Glass. O meu negócio foi sempre a indústria. A indústria tem, essencialmente, um retorno financeiro, somos projetados e treinados para produzir muito, com boa qualidade. O retorno emocional da indústria é relativamente baixo. Nós, o que fizemos aqui, foi uma coisa diferente. A minha preocupação aqui em Arouca, nos meus investimentos, não é o retorno financeiro, procurei muito mais, nesta fase da vida, com o retorno emocional, desfrutar a vida e fazer coisas em prol de mim próprio, da minha família e da comunidade em que me insiro, e de que gosto muito que é Arouca”, confessou o empresário.
“Enquanto estiver cá dentro, é essa a nossa ambição, que o hóspede se sinta dono da quinta”
Estas reviews muito positivas são o resultado de todo um cuidado para com os hóspedes, que após o momento do check-in podem fazer tudo. “Se ler os comentários dos nossos hóspedes, e que nos pontuam muito, é efetivamente por nós recebermos as pessoas como se elas se sentissem em casa. Essa é a grande diferença para um grande hotel, que é muito mais impessoal, fazem o check-in e já está. O nosso check-in demora hora e meia a fazer, logo nessa hora e meia os nossos hóspedes interagem muito com as nossas equipas. O acolhimento no turismo é a parte essencial, para que o hóspede se sinta bem. Se o hóspede não quer estar com ninguém, fazemos o acolhimento q.b. Mas também há o hóspede que quer estar muito intimamente ligado às nossas equipas. Nós temos um acompanhamento dos nossos hóspedes como se fosse um mordomo. Ou seja, se quiser, nunca está desacompanhado, bem pelo contrário, temos alguns repetentes, em que o casal está relaxado no apartamento e os miúdos estão com as nossas equipas, a brincar e a desfrutar dos animais”, começou por referir Jorge Alexandre Ferreira, que correlacionou a visão que tem do Turismo para nos explicar, de seguida, o porquê de só aceitarem reservas de duas noites mínimo.
“O turismo de famílias passa por aí. Terá êxito quando cada vez mais tivermos experiências diferentes. Eu não acredito num turismo em que a pessoa chega ao hotel, vem a Arouca, come uma Posta Arouquesa e vai embora. É bom, mas não é suficiente. Nós só fazemos estadias com duas noites, mínimo, porque como nós temos um espaço muito grande, se o hóspede chegar às três da tarde e, no dia a seguir, sair ao meio dia, isso não funciona, a experiência morre. Às vezes, os hóspedes perguntam-nos na reserva: “o que posso fazer?” Tudo! Porque o nosso conceito é viva a sua quinta. Enquanto estiver cá dentro, é essa a nossa ambição, que o hóspede se sinta dono da quinta. Quer andar a cavalo às 3 da tarde, anda, quer andar às 10, anda. Experiencie a sua quinta. Nós temos hóspedes que chegam ao ponto de quererem participar a limpar boxes, porque nunca limparam uma box e querem experimentar. É uma experiência diferente. Depende do que as pessoas quiserem fazer, se não quiserem fazer nada, não fazem”, elaborou.
Localizada na Rua dos Bombeiros Voluntários de Arouca – 3, a Quintãs Farming House dispõe do website www.quintasfarmhouses.com para os interessados poderem efetuar as suas reservas. Após a entrevista, Jorge Alexandre Ferreira presenteou a equipa do DD com uma visita guiada ao vasto espaço, e podemos garantir que valeu a pena!
Texto: Simão Duarte
Fotos: Ana Margarida Alves
Jorge Alexandre Ferreira
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