O futebol evoluiu exponencialmente nos últimos anos, nos mais diversos aspetos. Um deles é aquilo que se exige a um guarda-redes, posição na qual já não basta apenas saber defender bem, pois, para além disso, pede-se também um bom jogo fora dos postes, principalmente na primeira fase de construção de jogo. Certo é que, apesar de toda a evolução, continua a ser bem raro um guarda-redes marcar um golo.
Rogério Ceni, José Luis Chilavert e René Higuita são alguns dos guardiões mais famosos do mundo pelo vasto número de golos que marcaram, grande parte deles de bola parada (livres e/ou penáltis). Mas um golo de uma baliza à outra é coisa rara no universo dos guardiões, mais ainda se olharmos apenas para o panorama português.
No universo arouquense, há um caso raro desses bem recente. Diogo Pinho, jovem guardião de 19 anos, está a dar os primeiros passos como atleta profissional na UD Fermêdo. Apesar de começar a época como suplente do habitual titular Mário Sousa, Pinho conquistou a titularidade nos últimos três encontros da UDF (At.Cucujães sub-23, NEGE sub-23 e GD Fajões). Para além de não ter sofrido qualquer golo nessas três goleadas do Fermêdo, Diogo Pinho marcou um golo de baliza a baliza frente aos sub-23 do NEGE.
Ao Discurso Direto, o jovem guardião arouquense explicou que “o meu objetivo era meter uma bola em profundidade para o nosso avançado, o Nuno Soares. Só que bati a bola muito longa, ele acabou por não dominar e a bola ao bater no chão, na zona da meia lua do campo adversário, acabou por passar o guarda redes”. A sua reação a este momento, totalmente espontânea, foi dar vários saltos e festejar com os colegas. “Primeiramente fiquei quieto, porque não estava a acreditar. Depois de entrar na realidade de que a bola entrou mesmo, pulei no campo e vieram todos o meu colegas festejar comigo. Os adeptos disseram que eu parecia uma criança. Foi um momento de alegria para todos nós”, confessou-nos.
Certo é que logo na sua primeira época profissional como guarda-redes, Diogo Pinho, que tem como ídolos Mike Maignan, Ederson, Neuer e Casillas, pode orgulhar-se de possuir um feito que nenhum destes mestres das balizas conseguiu conquistar enquanto atletas profissionais.
Texto: Simão Duarte
Foto: UD Fermêdo
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