Com o centro da vila em folia devido à Feira das Colheitas, o FC Arouca desloca-se à cidade do Porto para jogar contra os azuis e brancos às 18 horas, dias depois da efeméride da inauguração do Campo Afonso Pinto Magalhães, um artigo que pode ler no nosso site.

O confronto entre as duas equipas é claro: em 15 duelos, 12 foram ganhos pelo Porto. Contudo, em 2016 e nos dois jogos da época passada registaram-se as exceções: um empate e duas vitórias. Em 2016, o FC Arouca foi vencer ao Dragão por 1-2 (evento relembrado na foto que ilustra este artigo), com o primeiro golo arouquense, de Walter González, a ter sido marcado logo aos 10 segundos! Já na época passada, depois do polémico empate (em que o VAR não funcionou corretamente) a uma bola na casa do Porto, o Arouca veio a receber os azuis e brancos e a vencê-los por 3-2, também com o primeiro golo a ser marcado dentro do primeiro minuto.

Na conferência de imprensa de antevisão, o treinador dos Lobos de Arouca Gonzalo García opinou que nunca é bom defrontar uma equipa grande depois desta perder (derrota do Porto na Noruega por 3-2 frente ao Bodo Glimt), garantiu que não abdicará da sua ideia de jogo e procurou explicar o porquê de ter tantos jogadores lesionados numa fase tão prematura do campeonato.

– Que Porto espera encontrar?

“Um jogo difícil, seguramente. O Arouca, na época passada, fez bons resultados contra o Porto, vamos tentar fazer o mesmo. Quanto à maneira de jogar, é certo que trocam, há jogos que têm uma estrutura mais estática, outros dias há maior rotação. Têm várias opções, dependerá de quem jogue. Sinto que alguns dos que não jogaram na Noruega jogarão domingo. Sinto que nunca é bom defrontar uma equipa grande que vem de uma derrota, porque na sua filosofia não é possível perder dois ou três jogos seguidos.”

– O Arouca sofreu com a pressão do Sporting Que ilação tirou para a forma como vai abordar o jogo com o FC Porto, que certamente também o vão fazer.

“Não vamos trocar a nossa forma de jogar. Sabemos que eles vão pressionar-nos agressivamente, sinto que no jogo do Sporting faltou-nos um pouco de tranquilidade e eles estavam num nível alto. Aprendi que com as equipas grandes tens de fazer tudo bem a toda a hora, mas não sinto que vamos bater a bola para longe, porque ela voltará à nossa área muito depressa.”

– Irá voltar a jogar com 3 centrais (5 defesas em momento defensivo) como fez contra o Sporting?

“Não vou dizer como vou fazer, mas contra o Sporting sentia que era a melhor maneira de pressionar. Não saiu da maneira como desejava. Não foi a pensar em apenas defender, ficar no nosso meio campo, a ideia era estar mais acima, pressionar, ter a bola. Vamos sempre com a ideia de defender, porque não queremos sofrer golos, mas queremos mostrar o nosso jogo.”

– Como explica este número elevado de lesionados?

“Nunca me tinha acontecido. Poderiam pensar que é a forma de treinar que é muito dura ou os campos, mas o certo é que lesões novas, que tivemos aqui, são o Loum, que jogou contra o Sporting depois de muito tempo sem jogar. Foi um risco que assumimos e quiçá foi um erro dar-lhe os 90 minutos. Depois, o Quaresma, mas já vinha da época passada com problemas. O Henrique lesionou-se num treino da seleção e jogou lá na mesma. Lesões musculares são a do Loum e do Quaresma, todas as outras são lesões traumáticas ou articulares que já afetavam os jogadores, como o Kouassi, que só fez um treino connosco esta época. É frustraste!”

Por falar em ausências, do lado da equipa de terras de Santa Mafalda estão 9 jogadores de fora (Loum, Matías Rocha, Galovic, Quaresma, Kouassi, Busquets, Pedro Moreira, Vitinho e Henrique Araújo) e apenas 4 do lado dos dragões (Marcano, Zaidu , Fran Navarro e Fábio Vieira). Este último poderá vir a jogar.

Os onzes prováveis de Porto e Arouca

Foto: FC Arouca

Texto: Simão Duarte