No final de uma estreia em que foi derrotado pela margem mínima (0-1), Gonzalo García apresentou-se na sala de imprensa para falar da partida. O técnico uruguaio do FC Arouca reconheceu que faltou baliza ao jogo arouquense e explicou o porquê de escolher Trezza para liderar o centro do ataque.
– O que achou do jogo e se acha que faltou algum pormenor para obter um outro resultado?
“Foi a minha estreia num jogo muito difícil, contra uma equipa muito forte, que está em boa forma e num bom ritmo. Seguramente, não é um bom momento para os defrontar. Uma derrota nunca é bom, não é o que queremos, mas sinto que, em traços gerais, fizemos um bom jogo. Penso que fizemos um bom jogo, que controlámos durante bastante tempo, o que não é fácil contra uma equipa destas. Não nos criaram muitas oportunidades, marcaram-nos de início, mas também nos custou no último terço concretizar alguma jogadas. Penso que o que nos faltou foi no ataque, ser mais eficazes no último passe, na chegada à área. Inicialmente, quando nos pressionavam, conseguíamos sair bem da pressão mas faltava-nos uma velocidade extra e explorar os espaços. Eles aproveitaram isso bem. Penso que a eficácia no último passe, a agressividade no último terço e ter uma velocidade maior a sair da pressão são aspetos onde podemos melhorar. O golo que sofremos era evitável.”
– A explicação de ter escolhido Trezza como avançado centro, que normalmente é extremo direito, mesmo tendo o Henrique Araújo e o Marozau, avançados centro de raiz no banco?
“Haviam várias razões. Uma é que, no campo, se virem os jogadores que temos na equipa, temos poucos jogadores bons na profundidade. Quando atacamos, tentamos levar o Weverson e jogadores que são bons na profundidade para zonas onde podem correr. Temos jogadores que jogam bem, mas falta-lhes explorar a profundidade. O Trezza tem isso, sei que não é a sua posição, mas fez um bom trabalho em criar-nos espaços com os seus movimentos e na pressão. Não quer dizer que seja algo que vai acontecer sempre, mas a mim não me importa se sinto que tem de jogar um ou outro, vamos fazê-lo. Mas o Henrique está a trabalhar bem, o Marozau, quando entrou, entrou muito bem. Não é por uma questão que não tenha a ver com o jogo de hoje. Penso que a qualidade do Trezza nos ajudava mais hoje.”
– Tiago Esgaio terminou a central, mesmo tendo dois centrais (Galovic e Lamba) no banco.
“O Jason tinha que fazer todo o lado direito e já estava cansado, então o Alex Pinto podia fazer esse trabalho e queríamos por o Marozau. Já tínhamos esgotado as substituições, então não podíamos pôr outro central. Possivelmente teria colocado um central se tivesse mais uma substituição, mas mesmo com 10, sinto que tínhamos a partida controlada.”
– Ausência de Cristo González
“Está lesionado.”
– A expulsão do Matías sentenciou a partida?
“Não sei se seríamos capazes de marcar se estivéssemos com 11, mas obviamente nos limitou as opções. Quando estás com 10, contra uma equipa como o Vitória, em que em cada substituição que fazia, mantinha ou até aumentava a qualidade, é mais difícil.”
– Falta de definição no ataque?
“Sinto que chegávamos muito bem à zona do último terço, mas não tivemos precisão no último passe. Eles defenderam bem, mas houveram várias em que chegámos em superioridade, mas nunca conectamos esse bom passe com a boa chegada. Ainda assim, estou contente. É a primeira vez que jogamos com este onze, estivemos a experimentar várias coisas e creio que se viu que os jogadores têm qualidade e vontade de querer mais, de nos ouvir e de trabalhar.”
Foto: Sofia Brandão
Texto: Simão Duarte
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