Cristo desperdiçou dois penáltis, em jogo com uma reta final de ânimos exaltados
O FC Arouca recebeu e venceu o Boavista por 2-1. Cristo González desperdiçou dois penáltis, num jogo quente, não só pelo clima da vila, mas também pela forma de jogar das duas equipas e pelo comportamento dos adeptos visitantes.
Esgaio foi a única mudança no onze de Daniel Sousa, que voltou a dar a titularidade ao lateral, após ausência na vitória frente ao SC Braga (acordo de empréstimo). Do lado axadrezado, foram cinco as mudanças efetuadas por Ricardo Paiva: Sasso, Seba Pérez, Reisinho, Agra e Makouta renderam Chidozie, Camara, Vukotic, Bruno Lourenço e Berna.
O encontro, com uma forte presença de adeptos boavisteiros e também de Álvaro Pacheco, treinador do Vitória de Guimarães, iniciou-se com duelos muito intensos entre as duas equipas pela posse de bola.
A primeira oportunidade de verdadeiro perigo pertenceu a Jason, que tinha tudo para inaugurar o marcador, mas não conseguiu. O extremo espanhol estava na cara de João Gonçalves, sem qualquer oposição, mas na hora de rematar, atirou ao lado. Os Lobos de Arouca continuaram à carga e, ao minuto 20, o jogo foi interrompido após um canto para o árbitro ouvir o VAR. Carlos Macedo foi à cabine analisar o lance e quando voltou explicou-o a todos os adeptos: “Após revisão, o jogador do Boavista (Abascal) tem o braço em condição não natural. Decisão final: penálti!”. Chamado à marcação, Cristo atirou ao poste e a bola não entrou.
O jogo prosseguiu e, à meia hora de jogo, Rafa Mujica colocou os arouquenses em vantagem. O avançado espanhol aproveitou um alívio de Sasso para zona proibida e, de pé direito, atirou com força para o fundo das redes. Nesta fase, o encontro estava bem vivo, com a equipa da casa a aparecer mais. Os axadrezados, apesar da postura aguerrida, revelaram algumas dificuldades em retirar a posse de bola ao adversário. A seis minutos do intervalo, Weverson estreou-se a marcar pelo FC Arouca, num lance em que o lateral esquerdo brasileiro aproveitou a cratera deixada pelos axadrezados no seu flanco. Na cara do guardião, rematou cruzado e não vacilou!
Daí até ao intervalo, existiram ainda dois momentos altos. O primeiro foi a expulsão de Seba Pérez. O capitão do Boavista já tinha, em lances após o primeiro amarelo, corrido riscos que um jogador com cartão não pode correr. Numa disputa pela bola com Pedro Santos, chegou tarde e levou o segundo amarelo. Já no período de compensação, novo penálti para os arouquenses. Cristo voltou a bater e a acertar nos ferros, desta vez na trave com estrondo.
A segunda parte iniciou-se com o autogolo inevitável de Robson Bambu. Ao minuto 47, houve um cruzamento largo de Salvador Agra para a zona de Robert Bozenik. O camisola nove dos axadrezados cabeceou contra o central, que não teve tempo de evitar que a bola entrasse. Até ao fim, a única nota de relevo pertenceu a Cristo, que marcou, mas o VAR invalidou o lance, devido a uma mão de Rafa Mujica no mesmo.
Suplentes Arouca:
Thiago (GR), Milovanov, M.Rocha (DF), Busquets, Vitinho, Kouassi (MD), Puche, Trezza, Marozau (AT)
Ficaram de fora Galovic (lesionado), Quaresma, P.Moreira, Valido, Moses, Hamache, Lawal (opção)
Suplentes Boavista:
Tomé (GR), Vukotic, Camara, Berna, J.Silva, B.Lourenço, (MD), Watai, M.Tavares, L.Santos (AT)
Substituições Arouca:
65 – Sai D.Simão, entra Kouassi
72 – Sai Esgaio, entra Milovanov
81 – Saem Jason e Cristo, entram Puche e Busquets
Substituições Boavista:
46 – Saem F.Ferreira e Reisinho, entram L.Santos e Joel
86 – Sai Agra, entra B.Lourenço
Arbitragem:
Carlos Macedo, F.Silva, J.Fernandes e Diogo.M. No VAR, Miguel Nogueira e Nuno.P
Disciplina Arouca:
Cartão amarelo para D.Simão (34), Weverson (52) e Montero (82)
Disciplina Boavista:
Cartão amarelo para Seba Pérez (34 e 42), Agra (79) e Abascal (90). Cartão vermelho para o adjunto Jorge Couto.
Conferência de imprensa:
Ricardo Paiva (Boavista) – “Quero ressalvar a atitude que os meus jogadores tiveram na segunda parte e o brio profissional com que se bateram, mesmo estando em inferioridade numérica o tempo que tiveram. Na primeira parte, as incidências do jogo prenderam-se com questões que nós não conseguimos controlar.”
Daniel Sousa (Arouca) – “O jogo teve duas fases distintas. Na primeira, tivemos o controlo total, poderíamos ter conseguido um resultado bem mais volumoso. Na segunda, o golo abalou um bocadinho o estado anímico da partida. Pelo menos até assentar um pouco mais o jogo.”
Foto: FC Arouca
Texto: Simão Duarte
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