Concelho de Arouca invadido por cheias no primeiro fim-de-semana do ano

A chuva forte que se fez sentir principalmente na madrugada de dia 7 e manhã e início da tarde de dia 8 foi a responsável por alagar várias zonas do concelho tais como Ecovia do arda, Ponte de Alvarenga, terrenos agrícolas, habitações e estradas.

Várias foram, tais como referimos as freguesias afetadas, deste modo, o DD decidiu recolher os testemunhos dos presidentes de junta e Bombeiros de Arouca para desse modo entender melhor qual a dimensão dos estragos, que medidas foram tomadas para se reestabelecer a normalidade e que estratégias vão ser adotadas no futuro.

Inundações um pouco por todo o lado

A proteção civil de Arouca deu o alerta para a queda do muro de proteção da ponte de alvarenga no passado dia 8 de janeiro. O alerta para a queda da estrutura foi feito aproximadamente às 10h15 da manhã, devido à acumulação de água na parte mais baixa da ponte. Luís Filipe Teles, Presidente da Junta de Freguesia de Alvarenga, adiantou ao DD “foi uma noite e uma manhã e inicio de tarde (até às 14h15) muito chuvosas, com chuva de bastante intensidade e sempre continua com cheias brutais”. O autarca revelou que para além das derrocadas que se verificaram, (de muros para caminhos) também ocorreram inundações na IPSS (Lar), “havia bastante terra para tirar junto ao edifício”, além de que os muros que caíram pertenciam a uma Quinta agrícola, tendo as pedras acabado por cair para a rua.

Quando questionado sobre a razão que levou à queda do “guarda-corpos na ponte”, LFT explicou que o córrego por onde escorria a água, assim como a valeta estavam possivelmente entupidos com vegetações e pedras, e que a água em vez de seguir o seu caminho normal até ao aqueduto da estrada, seguiu para a parte mais baixa da ponte sendo que o peso desta atirou o guarda corpos ao rio.”

Segundo comunicado partilhado no próprio dia pela proteção civil a circulação na estrutura esteve cortada, mas, entretanto, já voltou à normalidade devido à colocação de barreiras “New Jersey`s”.

Por sua vezVítor Arouca, Presidente da UF de Arouca e Burgo, adiantou que recebeu alguns telefonemas relativos a alguns episódios ocorridos na sequência da elevada pluviosidade desses dois dias salientando “felizmente não foram registados danos de maior e que não obrigaram a uma atuação instantânea. Os próximos dias serão para tentar restabelecer a normalidade com os poucos meios que temos ao dispor”.

Nesta União de Freguesias os maiores prejuízos registados prenderam-se, tal como referiu o autarca, com equipamentos públicos, nomeadamente a Ecovia do Arda, “mas admito que tenha havido prejuízo de algumas culturas agrícolas”. Além de que a esta União de Freguesias também não foi reportado “qualquer episódio de habitação ou empresa danificada na sequência destas cheias”.

Depois de questionado sobre se se recorda de mais eventos desta natureza VA afirmou já existiram sim episódios semelhantes em outros anos. “Este tipo de episódios acontece na sequência de 2 meses de muita pluviosidade, em que os terrenos já não conseguem absorver mais água e após algumas horas de pluviosidade intensa, os tempos de concentração da água são muito curtos, ocorrendo nas linhas de água mais baixas um caudal anormal (cheias). Era mais ou menos previsível que acontecesse, ocorrendo umas horas de chuva intensa como foi o caso.

Nos últimos 2 meses canalizamos quase todos os nossos esforços para a limpeza, desobstrução e reparação de linhas de água (valetas, aquedutos, caneiros), e reparações de alguns danos causados por esses meses de chuva”, salientou o Presidente referindo que foram 2 meses em que os recursos humanos que normalmente efetuariam a limpeza da rede viária passaram a ter de reconstruir pequenos muros, assim como realizar outros trabalhos de construção. Apesar de “infelizmente” achar que não conseguiram efetuar todos os trabalhos necessários, Vítor Arouca acredita que minimizaram muitos episódios com a sua ação preventiva garantindo que nos próximos tempos a atuação da sua junta “será a mesma”.

Texto: Ana Castro

Fotos: Carlos Pinho

*Pode ler a reportagem completa na próxima edição impressa 579, dia 20 nas bancas;

sobre o autor
Ana Isabel Castro
Discurso Direto
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