Presidente da Liga de Bombeiros defendeu criação de Estatuto para o Bombeiro na conferência sobre a importância das EIPS em Macieira de Cambra

Evento decorreu no passado dia 7 de janeiro no Centro Cultural de Macieira de Cambra e contou com a participação de André Macedo Fernandes (Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil), Miguel Aguiar Soares ( Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Vale de Cambra), Vítor Machado (Comandante da Corporação) e de várias Equipas de Intervenção Permanente de todo o país.

Na conferência “Importância das EIPS” promovida pela Associação Humanitária dos Bombeiros de Vale de Cambra, António Nunes, Presidente da Liga de Bombeiros, referiu que é necessário criar condições para o funcionamento destas equipas, e reformar um sistema que não é alterado há 17 anos e que teme que se “torne definitivo”. Segundo António Nunes este modelo tem de ser substituído uma vez que o atual é “precário e desigual”, apresentando desequilíbrios salariais para os integrantes das 735 equipas que estavam em atividade no final do ano de 2022.

“O necessário é criar condições para que os próprios bombeiros tenham capacidade para desenvolverem as suas atividades de socorro, e temos de ter a noção que ao longo destes 17 anos andamos a construir um sistema provisório que está com tendência para se tornar definitivo, mas a Liga tem uma visão diferente para que as circunstâncias de futuro sejam outras” salientou.

Certo é que um bombeiro que integre atualmente estas equipas, assim que faça 45 anos já não pode pertencer a elas, uma vez as idades para as integrar se encontra entre os 20 e os 40 anos, sendo que também não têm direito ao subsídio de desemprego.

Mais acrescentou que para este novo Estatuto/Acordo resultar é necessário que a vontade de três entidades esteja alinhada, a das autarquias, associações e estado para que desse modo se possa dar as funções concordantes aos comandantes que é a de “responder operacionalmente pelo seu corpo de bombeiros e é a ele que deve ser entregue um conjunto de meios para concretizar isto”. Estes devem ter a capacidade de liderar quando estão reunidas as necessárias “comparticipações financeiras” logísticas e administrativas assim como a disponibilização das viaturas “necessárias e suficientes para poderem atuar livremente”.

António Nunes apelou para que “todos sejam capazes” de fazer a reforma total no setor reforçando “as EIPS são uma parte fundamental da reforma do sistema”.

De salientar que a Associação dos Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra e Arouca têm duas equipas de Intervenção Permanentes com cerca de 10 bombeiros disponíveis cada, e Castelo de Paiva tem 3, todas para ocorrer em caso de acidentes de viação, inundações, incêndios urbanos/ rurais, entre outras missões e proteção e socorro. Estas também agem na prevenção, ou seja, no levantamento da área da intervenção, nomeadamente pontos de água para abastecimento de meios terrestre e aéreos, verificação de bocas/ marcos de incêndio, simulacros.

Texto: Ana Castro

Fotos: AHBVC

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Ana Isabel Castro
Discurso Direto
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