Já no final do ano passado, altura em que foi nomeada comissária, Rosária Tavares demonstrou a sua apreensão relativamente às instalações da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do concelho.
A deputada que está consciente da responsabilidade, compromisso e dedicação que são exigidos aos comissários da Comissão de Proteção , avançou que as obrigações destes, em consequência das sinalizações e processos, passam também pelo sigilo e pela forma “cautelosa e cuidadosa com que lidam com todas as pessoas envolvidas no processo”. A mesma acredita que, apesar da falta de condições que tem, “a CPCJ de Vale de Cambra está a realizar um trabalho fenomenal e irrepreensível”, e refere que a situação se deve a “algum desleixo e até negligência por parte da Câmara Municipal”.
De lembrar que a CPCJ de Vale de Cambra se encontra sediada no centro de camionagem da cidade, e que, para a deputada, as instalações não se adequam às necessidades do serviço prestado pela CPCJ. “O espaço da Comissão tem, inevitavelmente, de ser um local que lhes transmita segurança, respeito e sigilo-o que não acontece neste momento!”.
Rosária Tavares informa que as instalações em Vale de Cambra são um espaço aberto, com ligação direta a um bar, desprovidas de qualquer sentido de sigilo ou privacidade, salientando que, “é um local muito barulhento – seja com o som da música ou com o ruído das conversas de grupos de pessoas e até comportamentos nada adequados aos olhos das crianças. Ambiente este, que é perfeitamente normal num bar.”
Mais informa que não há salas suficientes nas instalações atuais, sendo que não existe uma sala de atendimento, nem de espera.
A autarca mostrou-se por isso preocupada, no comunicado enviado ao DD, com a imagem que se está a transmitir aos jovens ao receber as famílias em tais condições. Todavia, apesar do problema já ter sido reportado ao Município, até à data, ainda não houve solução.
Devido ao exposto, Rosária Tavares pediu esclarecimentos ao Presidente da Assembleia Dr. Miguel Paiva e ao Presidente da Câmara Eng.º José Pinheiro.
Na última Assembleia Municipal inclusive, a comissária, questionou diretamente o presidente da Câmara José Pinheiro sobre a possibilidade de uma solução eficaz ser trabalhada pelo Município para resolver o problema, recorrendo às obras necessárias para garantir o bom funcionamento da instituição.
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