Foi um dos fundadores do Banco Alimentar e antigo Alto Comissário para as Migrações

A Província Portuguesa da Companhia de Jesus confirmou a notícia, sendo que AVP fez 80 anos no início de junho.

O sacerdote faleceu na manhã do dia de hoje, 1 de julho, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, local onde estava internado desde 8 de junho, tal como refere a Província Portuguesa da Companhia de Jesus, na sua página da rede social Facebook. Pelo que é referido num comunicado partilhado pelos Jesuítas de Portugal, o estado de saúde de António VP estava bastante agravado desde há três dias.

Nasceu a 2 de junho de 1942, em Arouca, tendo sido responsável pela fundação e implementação de várias obras da Companhia de jesus tais como os “Leigos para o Desenvolvimento”, “Centro São Cirilo”, no Porto, o “Centro Universitário Padre Manuel da Nóbrega”, em Coimbra, e por fim o “Centro Universitário Padre António Vieira”, em Lisboa.

Foi igualmente diretor da revista Brotéria, em 2014, Reitor da Igreja de São Roque e capelão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Colaborador assíduo da comunicação social fez parte, durante vários anos, da Rádio Renascença, entre 1984-1997, tal como adiantou a Companhia de Jesus.

Foi fundador da TVI, além da produtora de conteúdos religiosos Futuro, participando ainda na Criação do Banco Alimentar contra a Fome, em 1992.

Afirmou ainda, numa publicação partilhada pelos Jesuítas em Portugal não ter medo de morrer “sempre tive uma ótima relação com a morte, nunca me assustou. A morte é a porta da ressurreição. Por isso, se me disserem que vou morrer amanhã, não me afeta nada, não preciso de mais de um quarto de hora. É só mudar de casa.” Inclusive, na entrevista dada ao Ponto SJ, referiu que estava preparado para morrer, e que tinha muitos amigos.

Foi distinguido, a 30 de janeiro de 2006, pelo então presidente Jorge Sampaio, com a Ordem Infante D. Henrique, tendo publicado 7 livros de Teologia, filosofia e vida cristã e dois de memórias biográficas.

Vivia, atualmente, em Évora, onde era, desde 2019, capelão da Santa Casa da Misericórdia.

Foto: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa