Nova entrada e saída da vila de Arouca: comerciantes apreensivos

É uma “pequena revolução” aquela que está a ser pensada pela Câmara, no que diz respeito à nova entrada e saída da vila de Arouca, tendo como ponto principal o acesso de e para a via estruturante. A edilidade vê esta intervenção numa lógica mais vasta ligada à reabilitação urbana da zona sul/poente da vila.

Trata-se de uma obra que, como foi reforçado na aprestação pública realizada na passada sexta-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, irá permitir um acesso mais seguro, mais fácil e mais agradável a quem chega e sai do centro da vila. Esta sessão contou com a presença do Presidente da Câmara Artur Neves e do arquiteto responsável pela intervenção: José Soares.

O projeto, que ascenda a um milhão e duzentos mil euros, inclui uma nova ciclovia do vale do Arda (que terá uma ligação à Escola Secundária visando servir a deslocação de alunos), é assumido como uma solução de mobilidade alternativa, contando também com um novo parque de carregamento para veículos elétricos.

A reabilitação de todo este espaço terá impacto significativo em alguns arruamentos existentes (implica que o traçado do rio também sofra um desvio), levando mesmo à relocalização do espaço-feira. O acesso da rotunda da Variante à Rua D. Afonso Henriques deixa de existir passando esta a ter um sentido único. O trânsito que drena da Variante será encaminhado para uma nova rotunda a ser implantada no atual espaço onde se realiza as tradicionais feiras quinzenais, para desembocar num novo arruamento direto à rotunda da Av. 25 de Abril. Vias que terão dois sentidos. Em frente à escola Secundária sairá um novo arruamento a sul (Largo D. Sancho I) e às ruas de Sub-Ribes e Maria Rosa do Sacramento.

Os comerciantes da Rua D. Afonso Henriques e da Rua Eça de Queirós mostraram-se preocupados com a possível perda de clientes, quando estiver concluída a intervenção urbanística. “Vai tirar movimento” e “vai matar a rua” foram expressões que se fizeram ouvir. Face às críticas e pretensões dos comerciantes a AECA disponibilizou-se para desempenhar um papel de mediação.

Fernando Mendes, presidente da União de Freguesias de Arouca e Burgo, lamentou que a Junta não tenha sido ouvida aquando da elaboração do projeto.

De referir que o estudo prévio deste projeto foi aprovado por unanimidade, no Executivo municipal.

sobre o autor
Ana Isabel Castro
Discurso Direto
Partilhe este artigo
Relacionados
Newsletter

Fique Sempre Informado!

Subscreva a nossa newsletter e receba notificações de novas publicações.

O envio da nossa newsletter é semanal.
Garantimos que nunca enviaremos publicidade ou spam para o seu e-mail.
Pode desinscrever-se a qualquer momento através do link de desinscrição na parte inferior de cada e-mail.

Veja também