
COMUNICADO
O MEU AFASTAMENTO DA AICIA
Muitas pessoas, familiares de utentes, amigos e não só, têm-me abordado no sentido de indagar sobre as razões do meu afastamento da AICIA, pois sempre me viram ligado à instituição desde a sua criação em 1987. Situações há, em que referem até motivos completamente distorcidos ou falsos. Por isso, para clarificar de uma vez por todas esta questão, decidi fazer o presente esclarecimento público. E a melhor forma de o fazer, em meu entender é publicar a carta que enviei à Direção da AICIA e que foi lida pelo seu presidente, perante todos os membros da Direção na reunião realizada no dia 6 de Setembro de 2016 e cuja referência constará naturalmente na respetiva ata. A carta, enviada à Direção, é do seguinte teor:
Caros membros da Direção da AICIA,
Ao fim de 29 anos de dedicação à AICIA, ao longo dos quais também ajudei a construir o que a instituição é hoje, principalmente no que ao CAO diz respeito, vejo-me obrigado a abandonar este projeto social de importância crucial para Arouca, por não me sentir respeitado, nem como pessoa nem como colaborador, no âmbito do desempenho das minhas funções, pelo seu coordenador António Vilar.
A sua postura nos últimos tempos de “quero, posso e mando”, que vem crescendo, à medida que o tempo passa, foi criando em mim um sentimento de insatisfação, de indignação e mal estar, que atingiu o seu auge em meados do mês de Julho, com a total desautorização da minha pessoa traduzida na oposição a uma ideia, coisa pouca, que havia partido de um grupo de dezoito pessoas, oito técnicos e dez monitoras, presentes na reunião de CAO de 6 de Julho – antecipação para a sexta feira anterior do almoço convívio que se costuma fazer no final da praia para permitir que alguns utentes que não fazem praia, nele pudessem participar. Isto, acrescido ao boicote à regular reunião da Direção do dia 19 impedindo a sua realização, e a consequente não apresentação de um conjunto de propostas que vinha elaborando no sentido de melhorar o funcionamento do CAO e outros sectores da AICIA (formulei esse pedido e enviei-o previamente por mail a todos os membros da Direção) e ainda uma conversa telefónica com o coordenador por volta das 17h30 desse mesmo dia, veio engrossar a gota de água que fez transbordar o copo e me levou a tomar a decisão extremamente difícil de deixar a AICIA. Farto de engolir sapos nos últimos tempos, não tinha outra alternativa. Era a minha dignidade e o meu sentir democrático que começava a estar em causa. Nada, mas mesmo nada, tenho contra os restantes membros da Direção, atual e anteriores, com os quais mantive sempre uma relação de respeito, lealdade e amizade até. Gostava que entendessem que não tinha alternativa e que isto surge no seguimento de um processo de desgaste que se vem arrastando há já algum tempo. Tenho consciência da importância que tive para a AICIA ao longo destes 29 anos mas também tenho consciência da importância que a AICIA teve, ainda tem, para mim, daí que esta decisão seja uma coisa muito dolorosa e difícil, mas, como costuma dizer um dos nossos “meninos” do CAO, o Álvaro, perante situações de adversidade: É a vida!
A AICIA, porque é um projeto coletivo e não é pertença de ninguém em particular vai continuar a ser uma grande instituição de Arouca! Vou continuar a exibir por aí, com orgulho, a minha condição de sócio fundador nº 1.
Arouca, 22 de Julho de 2016
Carlos Alberto Correia de Pinho

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