FC Arouca mede hoje forças com o Gil Vicente, adversário contra o qual nunca perdeu

No último encontro de 2025, os arouquenses vão receber em casa, à imagem do que sucedeu na temporada passada, o Gil Vicente. Triunfar, para os arouquenses, será uma forma ideal do clube coroar a recente celebração do seu 73º aniversário e também de terminar em grande o ano civil. Os gilistas procurarão certamente afastar os males recentes, já que não vencem há 5 jogos (4 empates e uma derrota), antes de receberem o Sporting, já em 2026.

O histórico de confrontos é claríssimo: nos 17 jogos para todas as competições, 9 terminaram com triunfos arouquenses e os restantes 8 empatados. Seja em que prova for, tanto em Arouca como em Barcelos, têm existido apenas dois resultados, ou o triunfo do FCA ou a divisão de pontos entre as duas equipas.

Mateo Flores, ainda a recuperar de lesão (o regresso estará para breve), e Amadou Danté, que se encontra ao serviço da sua seleção no CAN, são as únicas ausências dos arouquenses para este encontro. Popovic, mesmo tendo saído lesionado no último encontro, está disponível.

Vasco Seabra: “Temos que repetir muita coisa para fazermos muita coisa bem feita”

Na conferência de antevisão ao encontro, o treinador do FC Arouca, Vasco Seabra, efetuou uma análise à forma de jogar e à forma recente do adversário, analisou o momento defensivo dos arouquenses, em termos estratégicos e já deu a entender que poderão existir ajustes no plantel, no mercado de inverno, encarados com naturalidade. Estas foram algumas das questões colocadas ao técnico:

  • O que é que espera deste Gil, em termos de jogo jogado, e se espera algum tipo de nervosismo extra do adversário, tendo em conta esta forma recente?

“Não creio. Creio que vamos ter um adversário muito difícil de defrontar, é uma excelente equipa. Podemos ver as coisas dessa perspetiva, podemos vê-las de que, nos últimos cinco jogos também só perdeu um.

É uma equipa difícil de bater. Vamos ter que estar no nosso limite, muito mais preocupados também com aquilo que tem a ver connosco, porque esse é o nosso crescimento e é a nossa evolução. Fizemos dois jogos consecutivos a pontuar, com baliza a zero. Temos que dar continuidade e para isso temos que repetir, repetir padrões, repetir exigência, repetir agressividade, repetir ritmo alto, repetir vontade coletiva. Temos que repetir muita coisa para fazermos muita coisa bem feita, mas sabermos que as coisas não vão acontecer se a gente não se entregar a elas.

Sentimos que vamos ter um adversário com capacidade, se dermos muito espaço e muito tempo, naturalmente é uma equipa que tem qualidade para jogar e para definir. E, por outro lado, se não formos agressivos a tentar atacar a baliza deles, é uma equipa que sofre poucos golos, tem um processo defensivo muito capaz também. Uma boa equipa, nós também nos consideramos uma boa equipa, portanto sentimos que vai ser um bom jogo, com dois adversários que estão em lugares diferentes da classificação, mas duas equipas que eu sinto que têm capacidade para disputarem um bom jogo.”

  • Defensivamente, o FC Arouca tem apostado numa linha de 5. Esta sequência de jogos sem sofrer tem a ver com a mudança tática ou é apenas uma questão de momento?

“Nós fizemo-lo contra o Braga e depois, na Amadora, estávamos a fazê-lo também pela construção do Estrela. A seguir, nós recebemos o Alverca e iniciámos da mesma forma também pela mesma construção.

E a verdade é que nós, por exemplo, neste jogo com o Santa Clara, a equipa em muito poucos momentos esteve a 5, esteve quase sempre a 4. O Puche acabou por só baixar para a linha em períodos muito específicos da pressão. Nós sentimos que precisávamos de ser um pouco mais híbridos e termos a capacidade de, quando era necessário, fecharmos mais largura no campo num momento mais baixo do jogo, ou para espelharmos pressão ou para aguardarmos mais a largura. Em alguns momentos fizemos isso.

Mas creio que mais do que isso esteve a ver com, depois, os princípios que estão dentro dessa dinâmica mais tática do jogo. Acho que esteve muito mais a ver com o nosso nível de agressividade, de entrega ao jogo, de concentração coletiva nos momentos do jogo. E fomos nós também a lutar contra as adversidades que nos foram acontecendo, porque tivemos algumas vicissitudes, algumas coisas que, por vezes, acontecem que são danosas para a equipa porque acabam por darem em golos sofridos. Mas creio que esteve mais a ver com aquilo que é a mentalidade da equipa, aquilo que é a forma como a equipa também aborda os lances, aborda os jogos. Sabemos que temos de ir nessa direção e dar continuidade.”

  • No jogo passado, alinhou com três centrais de raiz. Pondera manter?

“O Fontán, quando estava no Cartagena antes de ser contratado pelo Arouca, fez uma época praticamente inteira a lateral esquerdo. Nós já sabíamos disso desde a época passada, quando o treinamos e quando identificamos o plantel e percebemos as características de cada um. Ano passado nunca houve essa necessidade para ele poder fazer essa posição. Tivemos no momento inicial o Weverson, o Quaresma e o Danté, e depois, quando o Quaresma saiu, mantivemos o Weverson e o Danté, estivemos sempre estáveis na lateral esquerda, nunca tivemos essa necessidade. Este ano, com a ida do Danté também para a seleção, abriu ali um espaço que teve que ser preenchido, não só pelo Fontán, mas também por outros jogadores, para que nós possamos ter alternativas.

Para o jogo passado sentíamos que era interessante podermos ter o Fontán naquela posição para fechar como lateral, não como central. E depois, a necessidade do jogo acabou por puxá-lo para dentro e fazer entrar o Arnau Solà, que felizmente também deu muito boa resposta e voltou àquilo que era também a normalidade dele em termos exibicionais. Portanto, criou também a sensação interna positiva de crescimento do Arnau Solà e de mais uma opção válida também para poder jogar como lateral esquerdo.”

  • Nesta quadra natalícia, e tendo em conta a proximidade para com o mercado de inverno, pediu ao Pai Natal algum tipo de reforço como presente?

“Eu nem para mim pedi, não é um foco. Nós sabemos as fragilidades que temos, sabemos as forças que temos. Esse, eu acho que é a principal importância que nós damos às coisas. Não existem plantéis perfeitos. Nem aqui, nem na Liga Inglesa, nos melhores clubes que gastam mais dinheiro.

Há sempre acrescentos que podem ser feitos. Provavelmente haverão ajustes, é uma coisa que é natural no mercado. Mas é uma coisa que nós sentimos com naturalidade e normalidade. Eu tenho-vos dito desde o início que o plantel tem qualidade e que eu confio nele. Não me vou refugiar na falta deste ou daquele jogador. Reforçamos a confiança que temos neles.

Ainda agora fizemos em dois jogos quatro pontos com estes jogadores. Portanto, temos essa capacidade para fazer pontos com os nossos jogadores, é dessa forma que a gente vai, com essa confiança.”

Onzes prováveis de FC Arouca e Gil Vicente

Simão Duarte

Foto: Simão Duarte

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Simão Duarte
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