
Desde o arranque da temporada até ao 15º jogo oficial (Liga e Taça de Portugal), o FC Arouca sofreu golos em todos os encontros, algo que, aliado ao número elevado de golos sofridos (40 golos, 37 para a Liga), não era nada abonatório para a equipa de terras de Santa Mafalda.
Os resultados não eram positivos, mas os arouquenses estão a dar início ao processo de viragem, situação que Vasco Seabra já realizou na temporada passada. Uma das recompensas desta nova fase, deste novo processo, é o recorde positivo de dois jogos consecutivos sem sofrer golos. Algo que não era atingido desde a temporada 22/23, sob o leme de Armando Evangelista. Nessa época, os Lobos de Arouca terminaram a temporada registando essa sequência. Este feito acaba por ser uma melhoria de Vasco Seabra em relação ao registo da época passada, se tivermos em conta o facto de que, em toda a temporada 2024/25, nunca existiram sequer 2 jogos seguidos com a baliza a zeros. Ainda assim, o recorde máximo pertence a Lito Vidigal, que na época em que atingiu o 5º lugar e respetiva qualificação europeia, atingiu a mão cheia (5) de encontros sem sofrer.
Eram exigidos ajustes, mais do que necessários, à estratégia defensiva dos arouquenses e a equipa técnica, liderada por Vasco Seabra, pôs mãos à obra: para além de mudar algumas peças no onze inicial, ajustou a dinâmica em momento defensivo para uma linha de 5 defesas, estratégia “estreada” com especial afinco na receção ao Braga. Contudo, os factos desse encontro não abonaram a favor da mesma, que não teve todas as condições reunidas para se apresentar em pleno. O mesmo se sucedeu na Amadora.
Na receção ao Alverca, aí sim, todos os astros se alinharam a favor do FCA. Com Nico Mantl na baliza, à sua frente passaram a estar 5 homens:

Posicionamento defensivo base frente ao Alverca
Ala direito – Miguel Puche, que foi alternando entre recuar no terreno para ajudar a defender ou subir, sempre junto à faixa, permitindo que Trezza, ofensivamente, se posicionasse mais ao meio.
Central pela direita – Tiago Esgaio, desdobrando-se entre juntar-se aos centrais, defensivamente. Ofensivamente, tanto esteve mais recuado como lateral direito e também mais subido, como se viu no lance do golo, em que foi do seu pé direito que partiu a assistência para o cabeceamento de Lee Hjunju.
Central do meio – Omar Fayed, que denotou bastante capacidade para intercetar o esférico e sair a jogar, com a bola no pé.
Central pela esquerda – Boris Popovic, uma voz de comando das “tropas” neste setor recuado, esteve sempre alerta
Ala esquerdo – Amadou Danté, aquele que, dos 5, mais trabalho teve, pois lidou de frente com a elevadíssima capacidade de drible de Lincoln, travando vários duelos com o mesmo.
Com algumas nuances, devido às alterações forçadas, esta foi a mesma base da deslocação aos Açores, desta vez com 3 centrais de raiz (Matías Rocha, Boris Popovic e Jose Fontán), porém Fontán foi o ala-esquerdo, dado ser canhoto. Com saída forçada por lesão do 2º e a entrada de Solà, a linha de 5 passou a apresentar-se assim:

Posicionamento defensivo base frente ao Santa Clara
Simão Duarte
Foto Capa: Pedro Fontes – FC Arouca

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