André Martins da Silva tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra, sucedendo a José Pinheiro e garantindo a continuidade da liderança do CDS-PP no município. O novo executivo municipal é ainda composto por Sérgio Soares e Mónica Seixas (CDS-PP), Miguel Aguiar Soares, Mafalda Sofia Ferreira e Vítor Tavares (PSD) e Nelson Martins (PS).

A cerimónia realizou-se na tarde do dia 2 de novembro, no Centro de Artes e Espetáculos (CAE) de Vale de Cambra, perante uma casa cheia e a presença de diversos convidados. Entre os presentes destacaram-se o ministro da Defesa Nacional e presidente do CDS-PP, Nuno Melo, a secretária de Estado Adjunta da Juventude e Igualdade, Carla Rodrigues, e os deputados à Assembleia da República Hugo Oliveira (PS), João Almeida (CDS-PP) e Armando Grave (Chega), entre outros.

“Continuidade responsável, mas de renovação confiante”

Na sua intervenção da tomada de posse, André Martins da Silva realçou o “profundo sentido de responsabilidade” com que assume o cargo. “Servir o nosso concelho é, acima de tudo, um ato de entrega, de muita dedicação e de compromissos com todos sem exceção. Hoje não é apenas o início de um novo mandato, é o início de um ciclo que todos queremos que seja de confiança, de estabilidade, de ambição, de modernidade e de coesão”, começou por referir.

O autarca deixou palavras de agradecimento ao presidente cessante, José Pinheiro, e garantiu que o novo ciclo será marcado por uma “continuidade responsável, mas de renovação confiante”.

No que às prioridades diz respeito, apontou a manutenção de uma política fiscal “amiga das famílias e das empresas”, o reforço da coesão social, o apoio às freguesias e o investimento em áreas fundamentais como desporto, educação, cultura, ambiente e mobilidade sustentável. “Estaremos focados na atração de investimento, no aumento da habitação, na expansão das redes de água e saneamento e nos projetos estruturantes” acrescentou.

“Nenhuma freguesia ficará esquecida. Cada lugar, cada comunidade, cada instituição conta para construir um concelho mais equilibrado e solidário”, frisou.

André Martins da Silva salientou também a relevância económica do concelho, recordando que, em 2024, as empresas de Vale de Cambra atingiram um volume de negócios superior a 900 milhões de euros. Aproveitando a presença de membros do governo na plateia, sublinhou que irá junto destes “e dos diferentes ministérios, ser uma voz presente e ativa” e que lutará “até à exaustão por Vale de Cambra”.

Concluiu referido que “os grandes homens não nascem grandes, tornam-se grandes ao longo da vida. O futuro começa hoje e começa connosco, com confiança e ambição”.

Adriana Rodrigues preside à Mesa da Assembleia Municipal

Na mesma sessão, foram empossados os membros da Assembleia Municipal. O PSD venceu as últimas eleições autárquicas para este órgão deliberativo (com 37,69% dos votos), conquistando nove mandatos, seguido do CDS-PP com oito, do PS com dois e do Chega também com dois.

Após a tomada de posse, realizou-se a 1.ª sessão da Assembleia Municipal, que teve como ponto único a eleição da respetiva mesa. Foi apresentada uma única lista candidata, composta por Adriana Rodrigues (presidente, PSD), António Pina Marques (1.º secretário, PSD) e Joana Almeida (2.ª secretária, PS). A votação ditou 15 votos a favor e 13 em branco.

No seu discurso, Adriana Rodrigues agradeceu aos eleitores e destacou o papel crescente das mulheres na política local. “(Os valecambrenses) confiaram o seu voto numa mulher para que, pela primeira vez na história de Vale de Cambra, presidisse à Assembleia municipal. E foram mais longe, votando para que, pela primeira vez, três mulheres fossem eleitas presidentes de junta de freguesia”, afirmou.

A nova presidente elogiou ainda o trabalho e empenho do seu antecessor, Miguel Paiva e comprometeu-se a trabalhar para que “a nossa Assembleia Municipal seja uma casa do profícuo diálogo, de profunda transparência e de um enorme respeito onde todas as forças políticas tenham a oportunidade de participar ativamente e de contribuir para decisões justas e equilibradas”.

Por sua vez, Miguel Paiva encerrou o seu mandato com uma intervenção onde refletiu sobre a importância da política de proximidade: “Aprendi, no exercício dessas funções, que a pluralidade, quando praticada com elevação e respeito, é uma força e não um obstáculo. E que a política local, apesar das suas muitas dificuldades e limitações, é o lugar mais autêntico da democracia, onde os nomes têm rosto e os votos têm razões e histórias”, observou.

Foto: Município de Vale de Cambra