Num domingo de muito bom futebol em Portugal, com um Sporting x Braga e um Porto x Benfica em perspetiva, o domingo desportivo arranca com o FC Arouca x FC Famalicão, pelas 15h30.
Na sequência da derrota com o FC Porto e tendo caído para o 13º lugar (fruto das vitórias de Alverca e Nacional, bem como o empate do Casa Pia nesta jornada 8), os Lobos de Arouca procurarão regressar às vitórias antes da pausa para seleções. Após essa pausa, há uma deslocação a Portimão, na estreia esta temporada para a Taça de Portugal, e uma ida à Luz, para defrontar o Benfica.
Mas antes disso, como já referimos, está o Famalicão. O 6º classificado da Liga Portugal é comandado por Hugo Oliveira, que sucedeu na temporada passada a Armando Evangelista (técnico que faz parte da história do FCA). O plantel famalicense tem bastante qualidade e no qual se destacam principalmente figuras como o guardião Carevic, os defesas Rodrigo Pinheiro e Justin de Haas e os médios Mathias de Amorim e Gustavo Sá. Têm 12 pontos, fruto de três vitórias, três empates e uma derrota, esta frente ao Sporting. Coincidentemente, desde esse desaire que os famalicenses ainda não conseguiram regressar aos triunfos, tendo empatado os últimos dois jogos.
O histórico de confrontos aponta que o FC Arouca tem sorriso no final dos encontros com o Famalicão, pois 6 dos 13 duelos terminaram com vitória arouquense (4 triunfos famalicenses e 3 empates nos restantes resultados). O panorama é ainda mais favorável se olharmos apenas para os duelos no Estádio Municipal de Arouca, onde o FCA venceu 5 dos 6 jogos.
Na conferência de imprensa de antevisão à partida, o treinador do FC Arouca, Vasco Seabra, analisou o adversário, salientou que os Lobos de Arouca querem voltar às vitórias e explicou que a falta de golos dos pontas de lança do FCA não o preocupa. Estas foram as questões colocadas ao técnico:
“Nós vamos defrontar um adversário difícil, muito competente nos diferentes momentos do jogo, uma equipa muito agressiva, com uma dimensão física também ela grande. Uma equipa que tem jogado bem, tem criado sempre muitas dificuldades aos adversários. É uma equipa muito intensa no jogo e que, portanto, nos vai exigir que nós, em tudo o que são duelos, contactos, capacidade de pressionar, voltar para trás, sermos abrangentes no jogo, vai nos obrigar a estar num nível muito alto.
A verdade é que nós, mais até do que o Famalicão, tem a ver connosco, temos que olhar muito para nós. Segundo jogo consecutivo em casa, queremos voltar a vencer em casa, queremos voltar a ter os adeptos connosco e a podermos dar-lhes a alegria também da vitória. E de podermos voltar àquilo que é também o ser FC Arouca, o nosso padrão habitual, termos o nosso jogo. Estamos mais confiantes outra vez, estamos mais confiantes naquilo que temos que fazer, na capacidade que temos para ter a bola, na capacidade que temos para disputar o jogo.
Por isso, com essa serenidade e essa confiança, meter esse nervo, essa paixão por jogar, o ser FC Arouca, o sermos altamente humildes e agressivos para encararmos o jogo com esse nível de exigência”.
“Sinceramente, não. Gostava que eles tivessem golos marcados, porque já o mereciam, mas o nosso sentimento de treino, dá-nos a segurança de que temos três pontas de lança realmente com capacidade e com qualidade, que nos dão segurança para aquilo que vai ser o campeonato.
Nós temos aqui uma discrepância de golos marcados e golos sofridos. Temos mais golos sofridos do que aquilo que nos é habitual, enquanto equipa técnica e enquanto equipa. Não somos, habitualmente, uma equipa que sofre muitos golos. Estamos a sofrer mais golos do que o habitual. Portanto, é uma coisa que nós lidamos com isso com naturalidade, porque temos que forçar a sofrermos menos golos. Por outro lado, somos também a sexta equipa com mais golos marcados. Portanto, a equipa também trabalha como um todo no sentido de conseguir fazer golos.
Os nossos pontos de lança têm demonstrado sempre essa capacidade, tanto em jogo de treino como em treino. Nós sabemos que é uma questão de momento, que é uma questão de fase, e que sentimos que essa fase vai ser ultrapassada, em momentos que vamos ter que os outros não estão a fazer golos e são eles que estão a fazer os golos, porque sentimos que os três têm capacidade para jogarem de início, os três têm capacidade para entrarem e os três têm capacidade para serem goleadores”.
“É uma equipa muito agressiva, pressiona muito bem. É uma equipa que alterna pressão muito alta com pressão de bloco intermédio a passar a alto. É uma equipa que sabe ocupar espaço defensivamente e depois também muito agressiva individualmente.
Ou seja, tudo aquilo que depois é momento em que pressiona e fica em duelo individual, é uma equipa realmente agressiva. Independentemente disso, nós sabemos que temos que competir, que temos capacidade para, com o nosso jogar, com aquilo que são a qualidade técnica individual dos nossos jogadores e depois a capacidade coletiva. Nós sentimos que a nossa equipa também deu um salto.
Nestas últimas três semanas, sentimos que a equipa voltou à estabilidade que teve nas primeiras duas, três jornadas, em que mesmo no momento de Alvalade, que foi logo à 2ª jornada, nós demonstramos capacidade coletiva com bola. E, portanto, nós sentimos que tivemos ali um período a meio entre estes primeiros sete jogos, em que eventualmente sofremos um bocadinho e ficamos ali um bocadinho instáveis. Essa estabilidade regressou.
Sentimos que a equipa está a treinar muito bem, que tem os princípios muito bem estipulados e determinados. E, portanto, temos que meter alma no jogo, temos que meter essa qualidade e acreditamos que amanhã vamos ser capazes de ferir o Famalicão”.
“A primeira paragem foi importante para nós, mas depois em termos de resultado, com o Casa Pia, a seguir à paragem não foi o que pretendíamos e desejávamos. Sentimos que esta nova paragem que vai entrar será uma paragem natural, para nós também refazermos um ou outro momento e aprimorarmos uma ou outra questão mais com os nossos jogadores. Essencialmente um momento de quebra para voltar num nível mais alto. Neste início de época acaba por ajudar-nos um pouco mais a que isso possa acontecer, uma paragem para voltar melhor. Mas, independentemente disso, é como falou, foco muito grande no jogo do Famalicão.
O que vem a seguir será trabalhado posteriormente. Por isso, neste momento, o foco muito grande é energia de equipa, entregarmos uma vitória aos nossos adeptos, voltarmos a jogar em casa com prazer e paixão e metermos essa humildade para podermos combater e lutar no máximo das nossas capacidades”.
“O Lee está ainda em dúvida. Tem estado a fazer alguns testes para ver a possibilidade de estar ou não. Nada de muito grave. Não tem nenhuma lesão visível em termos de exame. Tem algumas queixas no joelho, mas é uma situação que sentimos que vai ser ultrapassada com brevidade. Por isso, ainda em dúvida para o jogo de amanhã, mas sentimos que é um jogador que já está na fase final e na fase de preparação para jogo”.
Tal como referido na questão acima, Lee Hjunju está em dúvida para o encontro, e Mateo Flores mantém-se como a única ausência confirmada. Jose Fontán, depois de cumprir a suspensão, deverá regressar à titularidade.
Os onzes prováveis de FC Arouca e FC Famalicão
Texto: Simão Duarte
Foto: FCA
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