Às 20h30 deste domingo, o FC Arouca tem um duelo de dificuldade elevadíssima, a contar para a 2ª jornada da corrente edição da Liga Portugal. Depois de baterem, com tranquilidade, o AVS (3-1) na 1ª jornada, a exigência sobe exponencialmente, pois o adversário desta noite dos arouquenses é o bicampeão Sporting, que vem de uma vitória, também ela convincente, no terreno do Casa Pia (0-2).
O histórico de confrontos entre Leões e Lobos é mais que favorável aos verde e brancos, que venceram 16 dos 19 jogos (um deles foi o primeiro jogo de sempre do FCA na Primeira Liga, jogo que pode recordar no nosso site, pesquisando por “Estreia do FC Arouca na Primeira Liga foi há 11 anos!”). A única vitória que os arouquenses conquistaram frente ao Sporting é recente: foi na época 2022/23, em que João Basso marcou o único golo da partida. Os dois jogos que sobram terminaram empatados, ambos em Alvalade, com o segundo destes a ter acontecido na época passada. Quer isto dizer que Vasco Seabra, no comando dos arouquenses, já sabe o que é roubar pontos a um dos ditos “grandes”.
Na conferência de imprensa pré-jogo, Vasco Seabra mostrou-se bem ciente do poderio do Sporting e das dificuldades que estes causarão, mas fez questão de salientar sempre a ambição arouquense. Estas foram algumas das questões colocadas ao técnico dos arouquenses:
“Essencialmente saber que vamos defrontar uma equipa que é bicampeã, que se quer propor a ser tricampeã. Um plantel muito forte, excelente treinador, treinador campeão também. Sabemos que é uma equipa que vem de uma primeira jornada muito forte, bom jogo que fez no Casa Pia. Primeiro jogo em casa, novo relvado, remodelações também.
Por isso, vamos também com essa ambição de queremos conquistar pontos, de fazemos o nosso jogo, marcarmos a nossa identidade, não deixamos nunca de ser quem somos. Queremos também mostrar a qualidade que temos valorizando e ao mesmo tempo competirmos, que é o essencial, sermos muito competitivos.
Sabemos que vamos passar muitos momentos em que vamos sofrer, em que vamos ter de nos agarrar uns aos outros para sofrer e cerrar os dentes e depois, nos outros momentos, queremos também assim que possível, termos a nossa capacidade para ter a bola, para mostrarmos a nossa identidade, a qualidade dos nossos jogadores e, portanto, enfrentarmos o jogo com essa ambição, com essa energia e mostrarmos alegria por estarmos a competir num sítio que gostamos, porque gostamos sempre de competir contra os melhores. Este é um dos melhores, por isso queremos sempre desafiar-nos a sermos melhores também nós.
Não esperamos facilidades, não esperamos muitos chocolates. Sabemos que temos de competir com energia e paixão pelo jogo. Sentimos que vamos preparados para um duelo de grande nível, temos jogadores capazes para enfrentar as adversidades que vão surgir”.
“Claro que é sempre diferente, todos os jogadores têm as suas próprias características. Relativamente ao Sporting, claro que é diferente, mas é um jogador (Luis Suárez) de altíssimo nível, eventualmente até é mais combinativo, para poder criar superioridade em corredor central, quando a equipa do Sporting tem bola. É um jogador muito refinado também, que traz coisas diferentes ao jogo. O Gyokeres teve um momento incrível e, por isso, é um jogador que, não estando, foi extraordinariamente bem substituído, daquilo que me parece, vendo externamente.
Relativamente à nossa equipa, muito feliz com com o plantel, boas dores de cabeça para mim. É importante termos esta competitividade interna. Temos jogadores que estão a chegar e que têm capacidade para poderem jogar e para poderem desafiar esta competição interna. Estamos ainda no processo, o mercado ainda está aberto, ainda pode haver saídas ou entradas. Gostamos de nos manter tranquilos, mas essencialmente orgulhoso dos jogadores. Fizemos um primeiro jogo com muita qualidade, agora temos que voltar a ter os pés no chão, sabendo que foi só a 1ª jornada. Temos um caminho para percorrer, um espaço para podermos crescer, um desafio que nos vai levar aos limites. Com os novos, com os que já cá estavam, todos juntos fazemos aquilo que é o nosso carácter, a nossa identidade em jogo”.
“Às vezes, eu fico um bocadinho nervoso quando não tenho a bola, mas é uma coisa que é que é normal, faz parte do jogo saber ter esses elementos. Nós temos que saber estar nos diferentes momentos, em pressão, em bloco, em defesa de baliza, a construir em 1ª fase, 2ª fase ou em criação e finalização.
Nós gostamos de perceber e de fazer entender à nossa equipa que, independentemente dos momentos que estivermos a passar, nós temos que manter, utilizando a expressão do Abel Ferreira, cabeça fria e coração quente. Temos que estar constantemente vivos no jogo, constantemente a lidar com aquilo que são as adversidades do mesmo, mas, ao mesmo tempo, com essa energia, com essa alegria, sentirmos o jogo a todo momento. Nós temos capacidade para, mesmo quando somos pressionados, conseguirmos ter capacidade para desbloquear o adversário. Por vezes, corremos alguns riscos, mas, por outro lado, somos também corajosos na forma como queremos assumir.
Às vezes, o adversário quer-nos pressionar muito à frente, mas também às vezes deixa espaços noutros sítios, às vezes nas costas, outras vezes na largura. Onde quer que seja, a nossa equipa tem que estar preparada para competir, jogar o jogo, e jogar o jogo também é senti-lo e saber que, se estamos a ser apertados aqui, onde é que há espaço ali e, se não estamos a conseguir sair, onde é que nos podemos refugiar para estarmos juntos e depois a seguir conseguimos pressionar e mantemos esse equilíbrio emocional durante o jogo. Sabendo que queremos competir no nível alto de intensidade e de ritmo e ao mesmo tempo mantemos o cérebro frio para conseguirmos olhar e consegui perceber para onde é que nos vamos refugiar e para onde é que queremos atacar”.
“Sim, já podemos contar, são jogadores que já estão a treinar com a equipa e o Diogo já fez inclusivamente a semana completa com a equipa. São jogadores que, primeiro, vieram preencher as lacunas da saída do Loum e do Chico Lamba. Acrescentam-nos capacidade em termos defensivos, preenchem-nos o setor central em termos de defesas centrais e depois são ambos jogadores jovens, com talento, com capacidade para construir, para também se identificarem com aquilo que é o nosso processo de jogo. São jogadores que nós temos algumas expectativas de poderem ter essa capacidade de crescimento e de poderem acrescentar esse valor e essa competitividade interna”.
Pablo Gozálbez e Marozau continuam a ser as únicas ausências confirmadas, para um encontro em que o Sporting não vai poder contar com Diomande, Maxi Araújo, Daniel Bragança e Nuno Santos.
Os onzes prováveis de Sporting e FC Arouca
Texto: Simão Duarte
Foto: Sporting CP
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