A presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, e o Comandante das Operações de Socorro (ANEPC), Hélder Silva, fizeram na manhã desta quarta-feira um novo ponto de situação sobre o incêndio que continua a lavrar no concelho. Segundo a autarca, a área ardida é de 4 mil hectares só no território de Arouca.
O cenário é hoje mais calmo, mas a preocupação mantém-se. O comandante Hélder Silva, referiu que o incêndio permanece com três frentes ativas, no entanto existem progressos significativos na sua contenção. A frente que avançava em direção a Arouca “está com 80% em resolução”, enquanto a frente de Castelo de Paiva e Cinfães regista “cerca de 30% também já em resolução”. Relativamente à frente de Fornelos, Travanca continua a ser alvo de maior atenção “devido à dificuldade de acessos”.
“O perímetro é enorme, estamos a fazer consolidação. Temos, neste momento, no teatro de operações, cerca de 766 operacionais, 257 veículos, 6 máquinas de rasto e 1 meio aéreo. Foram solicitados 5 meios aéreos que já estão a trabalhar. Os trabalhos estão a ser dificultados devido aos acessos e esta é a nossa maior preocupação. Vamos manter todo o dispositivo terrestre que está implementado e vamos fazer reavaliação no final do dia”, sublinhou. Contudo, Hélder Silva, alertou para a instabilidade dos ventos e a complexa orografia do terreno, que podem ainda provocar alterações.
Durante esta noite, “houve muito trabalho, permitindo que se fizesse um trabalho de consolidação para que hoje pudéssemos estar um bocadinho mais calmos”. Por fim, acrescentou que “neste momento, não há populações ameaçadas, mas não quer dizer que não possa haver alguma inconstância nos ventos, alguma coisa que possa correr menos bem. Temos um incêndio muito grande, com difíceis acessos e muito vento”.
Deixou, uma vez mais, um apelo à comunidade: “apela-se à população que não vá para o teatro das operações e que deixe que os meios trabalhem em segurança”.
4 mil hectares de área ardida e muitos prejuízos
De seguida, a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, fez o balanço, revelando que já se iniciou a avaliação dos estragos. “Não temos nenhuma casa de primeira habitação totalmente ardida, mas temos muitos danos em habitações e em palheiros. Neste momento, o foco é recuperar o território, assim que as condições o permitirem. Este é um período em que vamos necessitar de fazer uma avaliação daquilo que são os prejuízos para a nossa comunidade”, começou por explicar.
No que diz respeito à área ardida, as notícias não são nada animadoras: “só no território de Arouca são 4 mil hectares. Há aqui muitos prejuízos, mas tem de ser feita uma avaliação cuidada no terreno nos próximos dias”.
A autarca aproveitou para agradecer o trabalho das corporações, proprietários e particulares “que estiveram no terreno a combater este incêndio e a proteger os bens e pessoas”.
Foto: Sofia Brandão
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