Início do incêndio em Arouca foi detetado por drones junto a uma via municipal

Pelas 18h00 desta terça-feira, a Presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, e o Comandante das Operações de Socorro (ANEPC), Hélder Silva, prestaram declarações à comunicação social para fazer o ponto de situação sobre o incêndio que atinge o concelho de Arouca desde ontem (segunda-feira).

Segundo o Comandante das Operações de Socorro, Hélder Silva, o combate envolve, neste momento, 646 operacionais, apoiados por 216 veículos, 4 meios aéreos e 6 máquinas de rasto. No entanto, o relevo e a rotação constante do vento têm dificultado as operações no terreno. “Os meios estão colocados onde devem estar posicionados. O que podem ter verificado são meios que estiveram contraídos junto às habitações para fazer defesas às mesmas. Tivemos situações em que só fizemos contenção de danos, dados o relevo e a intensidade do vento e a constante rotação, o que obrigava a constantes mobilizações e a mudanças de meios que são muito difíceis nestes terrenos”, referiu.

O incêndio continua com três frentes ativas: uma em direção a Arouca, outra em direção a Castelo de Paiva, e uma terceira para Fornelos, Travanca. A frente de fumo visível, explicou, deve-se à rotação do vento que se deu às 16h00: “Não há fogo a encaminhar-se para Arouca, o que existe é uma rotação do vento mais alto que faz com que haja este fumo junto a Arouca”, esclareceu.

Em relação à localidade de Vila Viçosa, que esteve confinada, Hélder Silva indicou que já não existem confinamentos, “o que há, temporariamente, são defesas perimétricas dos veículos para fazer a contenção aos danos das habitações”. O comandante pediu à população para que permaneça em casa, não visite os locais onde estão a trabalho e que retire todos os seus pertences que estão ou podem vir a estar em risco.

No que diz respeito à estratégia de combate, esta tem sido adaptada: “Enquanto o fogo não está junto às casas, fazemos combate. Quando se aproxima, fazemos a defesa das habitações e depois continuamos o combate”.

Outro dos assuntos abordados pertenceu aos danos assinalados até ao momento. Hélder Silva, revelou que foram registados danos em anexos agrícolas e numa habitação secundária, além de seis bombeiros feridos, que foram assistidos “sem necessidade de cuidados maiores (…) é cansaço, exaustão, inalação de fumos”.

Durante a tarde, chegaram reforços da Força Especial da Proteção Civil, sendo que vai entrar também um grupo da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS).

“O início do incêndio, que foi em Alvarenga, foi detetado pelos nossos meios que tínhamos de vigilância com drones”

A Presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, destacou a importância da comunicação e informação durante estas situações, alertando para o risco de eventual desinformação.

A autarca revelou que o início do incêndio em Alvarenga foi detetado por um sistema inovador de vigilância com drones, que estava a ser testado. “Foi esse controle, que deu apoio aos serviços municipais de proteção civil, que detetou esses primeiros focos. Foi junto a uma via municipal”, mencionou.

Por fim, Margarida Belém lembrou que o Arouca tem 85% do seu território coberto por floresta e que, apesar de cada um ter a sua responsabilidade, “o município tem feito o seu trabalho”.

Foto: Sofia Brandão

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Sofia Brandão
Discurso Direto
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