Joel Pinho: “Essa ambição leva-nos a querermos lutar sempre por mais, queremos qualificar-nos para as competições europeias”

No passado dia 23 de junho, Joel Pinho, diretor geral do FC Arouca e filho do presidente Carlos Pinho, foi entrevistado pelo jornal Record. Com a nova temporada desportiva ao virar da esquina, o dirigente abordou o percurso dos arouquenses no mais alto escalão do futebol português, a política de recrutamento e contratação de atletas e revelou também alguns sonhos desportivos do clube.

Inicialmente questionado acerca do ciclo recente de participações na Primeira Liga (com o FCA a partir agora para a quinta consecutiva pela primeira vez e a décima desde sempre), Joel Pinho apontou que o ciclo é “natural, fruto do bom trabalho, da planificação que temos vindo a desenvolver. As coisas têm-nos corrido bem, aquilo que temos idealizado tem acontecido”, perspetivando que o clube “continue a crescer de uma forma sustentada”.

Dentro desse crescimento, há ambição para uma nova qualificação para as competições europeias, a qual virá a ser a terceira na história do emblema arouquense (Liga Europa em 16/17 e Conference League em 23/24). “O que eu digo sempre aqui no Arouca, e o presidente também, é que nós temos de ser ambiciosos. E essa ambição leva-nos a querermos lutar sempre por mais, queremos qualificar-nos para as competições europeias. Queremos voltar a fazer história e conseguir entrar numa fase de grupos”, comentou, reiterando que se trata de “uma ambição e não uma obsessão”.

A ambição aplica-se também para as competições internas, nomeadamente as taças (de Portugal e da Liga), onde Joel Pinho assumiu o sonho alto de “chegar a uma final da Taça de Portugal. É legítimo, é algo que nos falta. O campeonato é sempre o principal objetivo, a Taça de Portugal é o presente que podemos vir a ter um dia destes. Seria fantástico”.

Num passado recente, o FCA tem sido um caso de sucesso no que toca à valorização e venda de atletas: prova disso são os valores chorudos que jogadores como Rafa Mujica, Cristo González, Rafael Fernandes e João Basso (este último com o processo de pagamento pendente, como pode verificar em notícias publicadas no nosso site). Segundo Joel Pinho, o segredo passa pela rapidez e pelo seu papel no processo: “Sou eu que faço o scouting, sou eu que negoceio com o jogador, faço as entrevistas. Procuro sempre algo que se enquadre com a nossa identidade”. Ainda acerca destas vendas, o diretor geral dos Lobos de Arouca confessou que esta temporada irá existir uma grande venda. “Eu acho que este ano vamos conseguir igualar, superar ou ficar próximos desses recordes”, denotou.

Para além da identidade, o jogador tem de ter margem de progressão, até porque “contratar os jogadores que têm os melhores números todos conseguem. Difícil é entender onde é que está um jogador que podemos potenciar. E essa é a ideologia do Arouca.”

Olhando para a próxima temporada, para a qual se pode esperar um Arouca “ambicioso, com vontade de ganhar, de jogar bom futebol”, existirá maior estabilidade no clube: “Desde a saída do Armando Evangelista não conseguimos estabilizar em termos de direção técnica: uns não iniciaram bem e saíram, outros acabaram bem e, depois, não ficaram. Agora conseguimos essa estabilidade com o Vasco Seabra. Conseguindo isso, procuramos estabilizar em termos de plantel”. Prova disso também foram as contratações de Dylan Nandín e Mansilla, esta última confirmada pelo próprio na entrevista, pelo que o FCA conta agora com “20 jogadores com contrato e iremos contratar mais cinco ou seis”.

Texto: Simão Duarte

Foto Arquivo: Sofia Brandão

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