“Os olhos de todo o mundo fixaram-se em nós”: um balanço de Margarida Belém, a propósito do aniversário dos Passadiços do Paiva e da Ponte 516

É já amanhã, dia 20 de junho, que o Município de Arouca irá comemorar oficialmente o 10º aniversário dos Passadiços do Paiva, uma infraestrutura que, desde então, tem atraído inúmeros visitantes à região de Arouca. A propósito dessa comemoração oficial, aproveitamos para “resgatar” a entrevista que o Discurso Directo efetuou a Margarida Belém, presidente da Câmara, e que foi publicada na nossa edição nº615 (9 de maio de 2025), onde foi abordado não só o 10º aniversário dos Passadiços do Paiva, mas também o 5º ano da conclusão da construção da Ponte 516.

“Os olhos de todo o mundo fixaram-se em nós”: um balanço de Margarida Belém, a propósito do aniversário dos Passadiços do Paiva e da Ponte 516

O Verão está a aproximar-se, uma estação que, há uns anos a esta parte, tem sido sinónimo da visita de inúmeros turistas, de todos os cantos do país e do mundo, ao território arouquense, com uma maior concentração nos Passadiços do Paiva e na Ponte 516. Curiosamente, ambos os pontos turísticos comemoram o seu aniversário em 2025: a inauguração dos Passadiços do Paiva foi feita há 10 anos, com a abertura a ter sido efetuada no decorrer de 2015. Já a Ponte 516, apesar da sua abertura apenas em 2021, estava, na reta final de 2020, construída e totalmente preparada para acolher visitantes.

A esse propósito, o Discurso Direto colocou algumas questões a Margarida Belém, presidente da Câmara em cada um dos anos acima referidos e também do executivo em funções atualmente.

Tendo-lhe sido, inicialmente, solicitado um balanço de ambos os pontos turísticos e da importância destes para Arouca, Margarida Belém começou por referir que “o território Arouca Geopark tornou-se uma referência, no que diz respeito ao turismo de natureza e de aventura”, pelo que, no seu entender, “hoje, podemos afirmar que estas duas infraestruturas afirmam a identidade do nosso território como destino sustentável e de excelência”.

Entre os dois pontos, os Passadiços do Paiva são os mais antigos, existindo desde 2015. Tendo sido questionada se imaginava, à data, que estes viriam a ter o impacto que têm hoje, a presidente do Município apontou para a rapidez do reconhecimento. “Os olhos de todo o mundo fixaram-se em nós, e na forma original como olhámos para o nosso território e o transformámos, de forma sustentável, para que todos possam ter acesso a este património, o conheçam, o divulguem e nos ajudem a preservá-lo”, afiançou, referindo logo de seguida os “World Travel Awards”, que se incluem nos 20 óscares já conquistados. Estes prémios têm sido alvo de algumas críticas, as quais são encaradas com naturalidade pela autarca: “Nós sabemos, pela experiência quotidiana, que os arouquenses se identificam com esta dinâmica, e sabemos que somos muitíssimo mais visitados porque temos estruturas diferenciadoras. Esse é o maior reconhecimento. Os prémios são apenas uma confirmação.”

Situados nas regiões da Espiunca, Areinho, Canelas e Alvarenga, as suas populações beneficiaram com “toda a economia que gravita em torno dos Passadiços e da Ponte”, desenvolvendo negócios em setores como “os transportes, o alojamento local, a restauração, mas também a animação turística, associada aos desportos de aventura”. A localização proporciona também aos visitantes um “sentimento de proximidade, de identificação e de respeito pela paisagem em que mergulham”, mas exige igualmente uma responsabilidade acrescida na “gestão dos nossos recursos”: “O impacto ambiental foi minuciosamente estudado e implementadas as medidas necessárias para equilibrarmos a riqueza natural com a visitação. Depois, na gestão diária, adotámos um modelo de capacidade limitada — o número de visitantes por dia é controlado, para evitar a sobrecarga do espaço. Há também sinalização educativa ao longo do percurso, alertando para a preservação da fauna e flora”.

Os Passadiços têm sido fustigados por incêndios, tanto na altura em que tinham acabado de ser construídos como no ano passado (2024), porém existiram sempre “reconstruções rápidas, sinalética reforçada, e protocolos de evacuação revistos. A palavra-chave, aqui, é resiliência”.

Texto: Simão Duarte

Foto: Passadiços do Paiva

sobre o autor
Simão Duarte
Discurso Direto
Partilhe este artigo
Comentários
Relacionados
Newsletter

Fique Sempre Informado!

Subscreva a nossa newsletter e receba notificações de novas publicações.

O envio da nossa newsletter é semanal.
Garantimos que nunca enviaremos publicidade ou spam para o seu e-mail.
Pode desinscrever-se a qualquer momento através do link de desinscrição na parte inferior de cada e-mail.

Veja também