Final da temporada: FC Arouca e Boavista medem forças no “último episódio”

Como tudo na vida, há sempre um princípio, meio e fim. Assim como nas séries televisivas, hoje, pelas 18h00, estreia o episódio decisivo da Liga Portugal, onde se vai descobrir quem será o campeão (Sporting ou Benfica), quem fica em cada um dos lugares de competições europeias (Porto, Braga, Vitória de Guimarães e Santa Clara) e quem fica na Liga Portugal para a próxima época (Estrela da Amadora, Farense, AFS e Boavista).

É precisamente esta última luta que passará por terras de Santa Mafalda: o FC Arouca vai receber esta tarde o Boavista, cuja equipa estará a “jogar em casa”, fruto da presença esperada de 2000 adeptos. O FCA já garantiu a manutenção, porém o histórico emblema da cidade do Porto necessitará de dar o tudo por tudo e, mesmo isso, poderá não chegar: para garantir o lugar do play-off, o Boavista tem obrigatoriamente de vencer e tanto o AFS como o Farense perderem.

O histórico de confrontos é bastante equilibrado: cinco vitórias para cada lado e quatro empates. Se olharmos apenas para os duelos no Municipal de Arouca, estes pendem a favor dos arouquenses (três vitórias do FCA, duas do Boavista e dois empates). Note-se que o FCA venceu os últimos três duelos contra os axadrezados.

Matías Rocha, que estava lesionado, bem como os castigados Fontán, Trezza e Fukui voltam a ingressar nas opções para o jogo. Esgaio, David Simão, Galovic, Pablo e Sylla (este último por castigo) são ausências certas e Pedro Moreira está em dúvida.

Vasco Seabra: “Vai estar um ambiente fantástico, tudo aquilo que são predicados para fazemos um bom jogo”

Na conferência de imprensa de antevisão, Vasco Seabra começou por agradecer a presença e o trabalho dos dois órgãos de comunicação social regionais de Arouca presentes, tendo de seguida analisado o adversário e também a época arouquense como um todo. Estas foram algumas das questões colocadas ao técnico.

  • O que espera do jogo e do Boavista?

“Equipa difícil. Desde a entrada do novo treinador, a equipa cresceu e nota-se que tem uma energia muito positiva no jogo. É difícil de bater, porque está constantemente a explorar o jogo na profundidade, utiliza muito o jogos nas costas, tem jogadores com esse perfil. Vai entrar para lutar até ao último minuto. Temos de saber jogar com isso e jogar o jogo pelo jogo.

Temos capacidade para vencer, chegar aos 38 pontos e entregarmos uma vitória aos nossos adeptos. Vai estar um ambiente fantástico, tudo aquilo que são predicados para fazemos um bom jogo. Queríamos muito 40, não conseguimos, temos de ir aos 38”.

  • O peso do ambiente dos adeptos da equipa adversária

“Acho que vai ser bom para os dois clubes, damo-nos bem com ambientes bons. Fizemos bons resultados em Guimarães, em Alvalade e na Luz, isso empolga-nos para uma dimensão boa no jogo.

Os adeptos do Boavista vão estar a torcer pela equipa deles, mas, ao mesmo tempo, isso cria-nos um elan positivo. É um dia fantástico, oxalá que o estádio esteja completamente esgotado, porque terminar a época com o estádio cheio, em nossa casa, é fantástico. Que possamos ser vencedores e fazer um jogo de qualidade. Dissemos aqui, algumas vezes, que deveríamos ter mais pontos, mas temos que ir atrás deles”.

  • Jakub Vinarcik e Pedro Moreira são os dois jogadores que ainda não se estrearam. Ambos podem somar minutos no jogo?

“Estamos ainda na dúvida com o Pedro, pela questão física. Oxalá que sim, é um campeão, é uma figura do FC Arouca já, pela quantidade de épocas que está cá, toda a gente gosta dele, ele gosta de toda a gente, respeita toda a gente, merece todo o nosso carinho e a nossa dedicação por ele. Vamos ver como ele consegue chegar amanhã e vamos decidir.

O Jakub é um jogador com muita expectativa a curto-médio prazo, de potencial e confiamos muito nele. Independentemente de jogar ou não amanhã, sabemos que vai estar connosco na próxima época, vai estar bem e temos a certeza que será um valor para nós.”

  • Um balanço da temporada

“Foi um desafio duro, competitivo. Quando chegámos, eram jogos difíceis, recebemos o Braga, fomos a Famalicão, recebemos o Benfica. Foi um início difícil, mas tínhamos as expectativas de fazer bem as coisas.

Confiávamos no plantel, nas pessoas que nos estavam a contratar e ficamos mais entusiasmados, por isso também é que aconteceu a renovação. Sentimo-nos muito acarinhada, temos uma relação fantástica com todos. É um gosto estarmos cá.

O balanço que fazemos é que, perante aquilo que conquistámos, sentimos que tínhamos lugares mais acima, paulatinamente, a equipa começou a ficar cada vez mais coesa, é uma identidade mais vincada e mais capaz em todos os momentos do jogo. A equipa começou a construir e a criar situações que não criava antes. Temos um desafio na próxima época, com o objetivo de entrarmos melhor.”

Onzes prováveis de FC Arouca e Boavista

Texto: Simão Duarte

Foto: FCA

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Simão Duarte
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