Na reta final da campanha para as Eleições Legislativas do próximo domingo (18 de maio), o Discurso Direto teve a oportunidade de colocar questões a Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista e cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Aveiro. O líder socialista respondeu sobre temas relevantes como a mobilidade, a coesão territorial, a educação e a saúde mental, onde traçou as prioridades e propostas do PS.
“Os desafios de mobilidade são diferentes de região para região e importa reconhecer a dependência do transporte individual em várias zonas do país. É por isso que precisamos de respostas estruturantes, mas também de resposta diretas para apoiar as pessoas. Por um lado, comprometemo-nos a reforçar o investimento em transportes públicos através de um programa de alargamento da gratuitidade e simplificação tarifária e a continuar a expandir as redes de transporte coletivo e os serviços de transporte flexível a pedido, bem como garantir a interoperabilidade e articulação entre operadores.
Por outro, vamos reduzir em pelo menos 20% o IUC de alguns veículos até média cilindrada e avançar com a eliminação de algumas portagens nas ex-SCUT, como é o caso da A25 em toda a sua extensão”.
“O programa do PS propõe políticas específicas para combater as assimetrias territoriais, tanto regionais como locais, e promover a coesão. Está prevista a valorização dos territórios de baixa densidade com acesso a serviços públicos de qualidade, melhoria da mobilidade e digitalização, apoio à habitação jovem e incentivos à fixação de empresas e jovens qualificados. Instrumentos como a Agenda para a Inovação no Interior e o programa Trabalhar no Interior vão ser dinamizados e aplicados.
Estas medidas vão beneficiar todo o país e também os concelhos do interior do distrito de Aveiro, para os quais continuamos a olhar com atenção em termos de mobilidade, infraestruturas e acesso a serviços públicos de qualidade”.
“Nós entendemos que é necessário um plano para combater a falta de professores. É um problema estrutural, que não se resolve de um dia para o outro. A resposta passa pela expansão e melhoria da formação inicial e contínua, pela valorização da carreira e criação de condições atrativas, visando sobretudo a fixação de docentes nas zonas mais carenciadas.
No ensino superior, vamos retomar a redução progressiva da propina de licenciatura até à sua eliminação num prazo de dez anos. Esta medida será acompanhada pelo reforço das bolsas de ação social, novas residências universitárias e apoio aos estudantes deslocados, garantindo que nenhum jovem abandona os estudos por dificuldades económicas.”
“O PS quer vencer as próximas eleições legislativas. Mas está disponível para o diálogo com as forças democráticas, especialmente com aquelas que partilham os valores da social-democracia, desde que esse diálogo respeite os compromissos assumidos com os eleitores e a coerência programática do partido. O objetivo é garantir soluções que reforcem a governação e não comprometam a estabilidade nem a confiança”.
“A saúde mental é uma das prioridades do programa do PS. Vamos promover a sua integração nos cuidados de saúde primários, com reforço de psicólogos e psiquiatras no SNS, incluindo em zonas carenciadas e rurais. Propomos ainda a criação de unidades móveis de saúde mental, rastreios na infância, programas de literacia em saúde mental e uma abordagem intersectorial com escolas, emprego e justiça. Este é um dos grandes desafios do país, a que o PS quer dar resposta”.
Texto: Sofia Brandão
Foto: PS
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