Na manhã da passada terça-feira, dia 6 de maio, a AD (coligação PSD/CDS) marcou presença em Castelo de Paiva, com uma agenda intensa de contactos diretos com a população. Logo ao início do dia, realizou-se uma reunião popular no Largo do Conde, onde os candidatos expuseram as suas propostas e recolheram feedback dos cidadãos. De seguida, a comitiva da AD percorreu a feira quinzenal, trocando impressões com feirantes e visitantes sobre as necessidades do concelho. Na parte final da manhã, os representantes do partido visitaram diversos estabelecimentos comerciais locais, ouvindo empresários e trabalhadores sobre os desafios diários e as oportunidades de crescimento. O Discurso Directo acompanhou a ação de campanha e conversou com Almiro Moreira, deputado da AD, para trazer aos leitores uma visão das ambições e perspetivas do partido para as eleições que se avizinham.
Estas foram as palavras de Almiro Moreira, deputado do PSD eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro:
DD – Nas últimas eleições legislativas, a AD foi a força partidária mais votada no concelho de Castelo de Paiva. À partida para estas novas eleições, quais são as ambições e as perspetivas da AD?
Antes de mais, cumprimento todos os que nos vão ouvir, ver ou ler, e digo que sim, de facto nas últimas eleições nós tivemos aqui uma vitória; mas aquilo que estamos neste momento a pedir a todos os paivenses é que reforcem — reforcem essa votação — para que possamos ter uma vitória ainda mais alargada. Que os paivenses deem, através do seu voto, o reconhecimento que nós achamos justo, por tudo aquilo que fizemos nestes últimos 11 meses em Castelo de Paiva. É bom lembrar os paivenses — muitos deles sabem-no claramente — nunca é de mais dizer que tínhamos um CACE (Centro de Apoio à Criação de Empresas) aqui em Castelo de Paiva que ardeu em 2020 e que o governo anterior, do Partido Socialista, nada fez para a sua reconstrução. Nestes 11 meses, com a colaboração muito intensa do Sr. Presidente da Câmara, o engenheiro José Rocha — a quem também temos de agradecer — temos hoje a certeza de que já foi lançado o concurso e que teremos aqui um centro de formação profissional de primeira linha em Castelo de Paiva, um investimento de mais de 10 milhões de euros, direto do Estado português.
Tivemos, nestes últimos 11 meses, também significativos avanços naquilo que é um dos grandes anseios, com mais de 30 anos, da população de Castelo de Paiva: a ligação à A32 de Castelo de Paiva a Canedo — uma coisa que esteve no papel durante 30 anos e que, agora, finalmente estamos a ver sair desse papel e passar para o terreno. Brevemente teremos, certamente, notícias muito boas para todos os paivenses e estou convicto — como o próprio primeiro‑ministro já disse aqui em Castelo de Paiva — que, tendo o reforço dos votos dos portugueses e dos paivenses, teremos o primeiro‑ministro Luís Montenegro, já neste mandato que agora se inicia, a inaugurar a ligação da A32 a Castelo de Paiva.
DD – A conclusão da estrada de ligação da N222 a Canedo e à A32 é, de facto, uma reivindicação dos paivenses há já muitos anos. Quais são os planos da AD para esta empreitada?
Nós, no último prospeto eleitoral de há um ano, dissemos que íamos lutar para que a A32 fosse, de facto, uma realidade. O que hoje dizemos é que, neste mandato, vamos concluir a ligação da A32 a Castelo de Paiva, porque a parte que nos faltava — que fora sempre, de certa forma, empatada pelo Partido Socialista — não avançou. Lembro a todos os paivenses que o Partido Socialista esteve oito anos no governo e, nesses oito anos, não foi capaz sequer de lançar o concurso. Nós, neste momento, com 11 meses de governo, estamos muito perto de lançar esse concurso para a construção desta importante via para os paivenses — uma promessa com mais de 30 anos, e, nesses 30 anos, o Partido Socialista governou Portugal 23.
DD – O interior do distrito de Aveiro, nomeadamente os concelhos de Castelo de Paiva, Arouca e Vale de Cambra, continua a sofrer com a desertificação, com a população jovem a dar preferência às metrópoles, em detrimento das suas localidades. Como é que a AD pretende combater esta realidade e tornar estas regiões mais atrativas?
Desde logo, este governo fez algo que nunca tinha sido feito: em apenas 11 meses conseguiu alterar a legislação para que, de todos os fundos comunitários, 40% fossem destinados exclusivamente a territórios de baixa densidade. Queremos também, a nível legislativo, no Grupo Parlamentar do PSD, rever os critérios de territórios de baixa densidade, alargar aos territórios de pequena dimensão e, com isso, criar alavancas para que estes territórios — sendo de um “interior litoral”, porque ainda estamos relativamente perto dos centros metropolitanos — superem muitas dificuldades próprias do interior mais profundo do país. Por isso, fizemos este reforço de 40% dos fundos comunitários futuros, que terão de ser obrigatoriamente aplicados neste tipo de territórios.
Há pouco dei o exemplo de Castelo de Paiva: 80 milhões de euros serão investidos aqui na A32; 10 milhões no centro de formação profissional. Em Arouca, conseguimos que a terceira fase da ligação à A32 esteja a ser desbloqueada; em Vale de Cambra, também despoletámos vários processos de ligação que há muito eram prometidos e nunca tinham avançado. Estas ligações de mobilidade são vitais para que quem queira viver em Castelo de Paiva, em Arouca ou em Vale de Cambra o possa fazer sem dificuldade — e, por isso, estes investimentos de proximidade são tão importantes.
Almiro Moreira (ao centro), natural de Castelo de Paiva, é o 7º candidato da lista da AD por Aveiro
Texto: Pedro Gonçalves
Foto: AD – Coligação PSD/CDS Aveiro
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