Após terem assegurado a permanência na Primeira Liga, os Lobos de Arouca estão agora a três encontros do final da temporada. O antepenúltimo duelo em casa desta época é frente ao Casa Pia, equipa que não vence há quatro jogos. Já os arouquenses certamente procurarão conquistar o segundo triunfo consecutivo em casa, algo que nunca aconteceu esta época.
O histórico de confrontos mostra que os casapianos têm sido uma pedra no sapato, na medida em que venceram três dos sete duelos entre ambas as equipas. Os restantes quatro confrontos estão divididos a meio entre vitórias arouquenses e empates. Curiosamente, dos três duelos até agora disputados no Estádio Municipal de Arouca, nenhum deles terminou empatado (duas vitórias para os da casa, uma para os visitantes). Dar nota ainda de que o Casa Pia venceu os últimos três duelos contra o FCA.
Apesar da conquista da manutenção, na conferência de antevisão, o treinador Vasco Seabra revelou a ambição de pontuar e chegar mais longe, analisou o adversário e focou-se naquilo que ainda está por fazer.
Estas foram algumas das questões colocadas ao técnico:
“Não vimos, eu pelo menos estava a fazer outras coisas, porque tínhamos tido uma viagem dura no regresso (dos Açores), tivemos de vir por Lisboa. Nós continuamos é com objetivos muito claros pela frente, de querermos atingirmos mais coisas, ganharmos mais lugares, mais pontos. Terminarmos de uma forma também mais idêntica àquilo que nós sentimos que tem sido a nossa responsabilidade enquanto jogo e aquilo que nós sentimos que podemos ainda almejar e conquistar.
Sentimos sempre que é uma coisa que tínhamos confiança total de que iríamos atingir. Eu ainda não falei sobre isso com os jogadores, sobre a questão da manutenção, porque, sinceramente, eu vejo ali tanta gente (equipas) embrulhada que ainda não fiz contas, nem sou muito de as fazer. De qualquer das formas, nós olhamos para a conquista dos pontos que temos à frente. Não abrandamos nisso. Os jogadores também, não houve grande conversa relativamente a isso. Olhamos para este jogo em querermos fazer a segunda vitória consecutiva em casa, que é uma coisa que nos tem fugido também. Voltarmos a fazer mais pontos do que aquilo que são os números de jogos. Quanto mais conseguirmos ir subindo o nosso nível, tanto melhor, porque também sentimos que é a dimensão que queremos dar ao clube e também a valorização individual e coletiva que queremos ter.”
“Estarmos já a pensar na próxima é muito precoce. Eu já falei aqui que estar num clube como o FC Arouca, com os valores que o nosso presidente tem, em termos de figura máxima do nosso clube, aquilo que é a história do FC Arouca, de conquista, ambição, alma, de vir de lá de baixo e poder chegar às competições europeias. Um crescimento sustentado, mesmo quando teve uma fatalidade de descer, voltar a crescer e a ir às competições europeias.
Estar, neste momento, também num sentimento de crescimento interno, enquanto clube, condições de trabalho, estrutura. Estando nós a viver este crescimento dentro do clube, com a ambição e exigência que o presidente nos passa todos os dias, fica sempre curto a gente desejar que possamos passar por momentos em que estamos a sentir que estamos nas últimas posições.
Muito mais que o almejar da próxima temporada é o almejar desta, do dia a dia, daquela que foi a nossa exigência interna desde que entramos. Estávamos em último lugar e, muito mais do que olhar para a classificação, era a exigência do processo, da competitividade. Esta é a energia do clube, das pessoas que lideram o clube e nós identificamo-nos com os valores, por isso é que também existiu a renovação do contrato, porque nos sentimos bem aqui.”
“É uma equipa sempre muito difícil, está a fazer um campeonato muitíssimo bom, tem um excelente plantel e está à procura de bater recordes desde que chegou à Primeira Liga.
Sabemos que vai ser um adversário muito difícil, muita exigência. É uma equipa que, o facto de jogar mais descontraída, também lhe permite que as coisas aconteçam com mais naturalidade.
Mais do que falar do Casa Pia, que é uma equipa competente, bem treinada, difícil de bater, é um jogo que tem de ser para nós, a ir à procura. Competirmos muito, mostrarmos aos nossos adeptos que queremos puxar por eles, para que eles nos desafiem com o apoio deles. Temos de ser realmente muito exigentes, sérios, determinados. Responsabilidade máxima para chegarmos aos 36 pontos na próxima jornada e, obviamente, com essa ambição interna de conquistarmos jogo após jogo.”
Por ter visto vermelho no jogo passado, Loum junta-se ao quarteto de ausentes por lesão (Esgaio, David Simão, Galovic e Matías Rocha). Jason e Pedro Santos, após cumprirem castigo, estão de regresso. Trezza, Sylla, Fukui, Weverson, Henrique Araújo e Yalçin são o leque de atletas que, caso vejam a cartolina amarela, falham a penúltima partida da temporada no terreno do Gil Vicente.
Onzes prováveis de FC Arouca e Casa Pia
Texto: Simão Duarte
Foto: FC Arouca
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