O apagão de 28 de abril no concelho de Cinfães foi vivido com alguma preocupação, mas rapidamente se colocaram em marcha planos de contingência, que visaram proteger os mais vulneráveis e assegurar o funcionamento dos serviços críticos. O Discurso Directo contactou a Câmara Municipal e o Agrupamento de Escolas de Cinfães para perceber como conseguiram coordenar ações, adaptar procedimentos escolares e manter a confiança da comunidade, evitando que a falta de energia se transformasse num problema maior.
A falta de comunicação por parte das entidades superiores (Governo) suscitou “alguma preocupação”, admitiu o executivo municipal. Assim que tomou conhecimento do corte de energia, a Câmara acompanhou a situação ao longo do dia, pondo em alerta a Proteção Civil e as restantes forças de segurança locais. A prioridade recaiu sobre os lares de idosos e o serviço de apoio domiciliário — estruturas cuja atividade é vital e não pode ser suspensa.
Embora reconheça que “nem sempre estamos preparados para uma situação de crise”, o Município envidou “todos os esforços para que a situação crítica não fosse alarmante para a população”. Na mensagem final aos Cinfanenses, o presidente apelou à calma e à confiança mútua: “Em situações de crise, não podemos ser alarmistas e apressados. Temos que confiar uns nos outros e todos rumarem na mesma direção.”
Pela voz de Madalena Pinho, da Direção, tivemos conhecimento que a cantina serviu a refeição, já preparada antes do apagão, e que as aulas se estenderam até ao fim do dia, apesar de alguns encarregados de educação, preocupados, terem optado por levar os filhos para casa — “foram poucos”. Sem gerador, a escola adaptou‑se ao corte de energia: os quadros eletrónicos deram lugar a aulas ao ar livre, aproveitando o dia soalheiro.
Para o dia seguinte, foi comunicada aos encarregados de educação — via diretores de turma e professores titulares — uma única condição: “Se até às 7h da manhã não houvesse eletricidade, não haveria escola.” Como o fornecimento foi restaurado antes desse prazo, o transporte escolar e a cantina funcionaram sem sobressaltos, permitindo um regresso às aulas em pleno.
Texto: Pedro Gonçalves
Foto: CM Cinfães
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