Devido ao apagão de 28 de abril de 2025, o Discurso Directo contactou a Câmara Municipal de Castelo de Paiva e o Agrupamento de Escolas local para perceber como cada uma destas entidades reagiu ao corte de energia e garantiu que o mesmo teria o mínimo de perturbação na vida quotidiana da população
Assim que tomou conhecimento da falha no fornecimento de eletricidade, o executivo paivense “ativou os mecanismos de coordenação municipal”, explicou-nos o presidente da Câmara, José Rocha. No imediato, foram estabelecidos contactos com a E‑Redes, forças de segurança, Proteção Civil e Bombeiros Voluntários, operacionalizando todos os serviços municipais para acompanhar a evolução da situação em tempo real.
As prioridades passaram pela salvaguarda dos “lares de idosos, centros de saúde, escolas e sistemas de captação e distribuição de água”, locais que “não podem parar e que necessitam de energia para garantir o mínimo de funcionamento”. Para doentes crónicos com necessidade de oxigénio, foi preparado um espaço no Centro de Saúde, em articulação com os Bombeiros Voluntários, assegurando condições seguras e energia de substituição. A Santa Casa da Misericórdia colaborou na conservação das vacinas dos dois centros de saúde, impedindo perdas por falha de refrigeração.
Ao longo do dia, a Câmara manteve a população informada através dos seus canais oficiais e preparou abrigo e assistência, caso a eletricidade não fosse reposta até ao final da noite. Felizmente, o restabelecimento foi confirmado antes das 7h00 de terça‑feira, evitando a ativação dos planos de apoio suplementar. Na mensagem dirigida aos munícipes, José Rocha valorizou “a serenidade, a paciência e o espírito de entreajuda” demonstrados pelos paivenses e deixou “um agradecimento profundo” a técnicos municipais, bombeiros, forças de segurança, profissionais de saúde e voluntários.
O Agrupamento de Escolas garantiu o normal funcionamento das suas atividades. António Teixeira, da Direção, relatou que “tivemos aulas todo o dia e as refeições na cantina decorreram com normalidade”, pois “a comida já estava confecionada” antes do corte de energia.
Sem gerador, a escola recorreu a sistemas UPS, que mantiveram operacionais a rede informática, e algumas tomadas entre as 11h30 e as 16h00, “o que nos impediu de sentir qualquer constrangimento na gestão dos serviços”. Quanto à comunicação com alunos e famílias, a estratégia foi simples: “Se as coisas funcionassem normalmente, não havia comunicação nenhuma — só avisaríamos se surgissem problemas na cantina ou na organização das aulas.” Em colaboração com a Câmara e a Proteção Civil, garantiu‑se ainda que o transporte escolar e todos os serviços retomassem sem alterações já no dia seguinte.
Para António Teixeira, “foi um dia perfeitamente normal, apesar daqueles constrangimentos iniciais”, com transporte a operar sem falhas, cantina aberta como habitualmente e aulas sem interrupções.
Texto: Pedro Gonçalves
Foto: CM Castelo de Paiva
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