Concurso Nacional de Saltos nas Quintãs foi novamente um sucesso

Segue-se agora um Concurso de Saltos Internacional de duas estrelas

Entre os dias 25 e 27 de abril, o Quintãs Equestrian Center acolheu, pelo terceiro ano consecutivo, o Concurso Nacional de Saltos A da Federação Portuguesa Equestre (FPE), um dos eventos mais aguardados do calendário do universo equestre. Ainda que, na manhã do primeiro dia da competição, o clima não estivesse muito convidativo, a verdade é que o calor que se fez sentir no fim de semana fez com que se registasse a enorme afluência, já característica deste evento.

O evento encerrou com o Grande Prémio, uma prova de 1,45 metros, que foi conquistada por Felipe Ramos Guinato e o seu cavalo, Garota De Ipanema Mc. O arouquense Duarte Seabra também participou neste Grande Prémio, tendo terminado em 5º lugar com o cavalo Chaccon Grey e em 8º com o Pegasus Enjoy.

Para além de contar com organização e presença massiva de público arouquense, houve ainda a participação de três cavaleiros arouquenses, nomeadamente Duarte Seabra, Luís Ferreira e André Peres, e cada um deles foi vencedor.

Duarte Seabra, com o Idee D’Aubigny, foi vencedor da prova Jump & Drive – Tabela C (239) – 1,15 m – JOP Land Rover. Luís Ferreira, com o Paula M 5, conquistou o primeiro lugar da prova de 1,20m – Dificuldades Progressivas c/ Jocker (269) – 1,20 m – Protyp. Já André Peres, com o Eternity CI Z, conquistou o primeiro lugar de três provas (Cavalos Novos 5 Anos – Tabela A sem Cron. (238.1.1) – 1,10 m). Essas conquistas distribuem-se pelos três dias do concurso.

O Discurso Directo esteve presente no evento e entrevistou Jorge Alexandre Ferreira, proprietário do Quintãs Equestrian Center, no primeiro dia da prova.

“Treinam todos os dias, oito horas por dia, para depois mostrarem o que valem num minuto”

  • Que sentimentos é que surgem, tendo em conta que se trata de mais um sucesso, e que previsões lhe ocorrem fazer?

“Estou muito contente, porque cumprimos os nossos objetivos do ponto de vista de desenvolvimento da obra. Estamos em obras, mas temos de receber aqui 200 cavalos, com todas as equipas, cavaleiros, tratadores, proprietários, etc. Já não tem cá terra, anda tudo em calçada.

O feedback dos nossos cavaleiros está a ser fantástico. Mesmo alguns, que nunca tinham cá vindo, dizem que vão por no calendário para vir cá sempre. Estamos muito contentes!”

  • Em termos de logística, falou em 200 cavalos…

“Para terem uma ideia, para além dos cavaleiros, tratadores, proprietários, a nossa equipa, neste evento, conta com 50 pessoas a trabalhar. A logística de um evento destes é muito muito grande, as pessoas nem imaginam. Para fazer uma coisa bem feita, como acho que nós fazemos.

É um concurso boutique, porque são só 200 cavalos. Eu sei que as pessoas acham que é muito, mas são poucos (risos). É um concurso boutique, mas com nível dos melhores!”

  • A nível das equipas, dos cavaleiros, falamos mais ou menos de quantas pessoas no total?

“Cada tratador trata de dois/três cavalos, depois temos os cavaleiros, que não são 200 cavaleiros, porque também saltam com dois/três cavalos. Teremos aí mais de 500 pessoas”.

  • Para quem possa não estar familiarizado com este tipo de provas, perguntava-lhe, em termos de exigência, até porque há diferentes níveis, o quão exigente é este tipo de prova?

“O elo de exigência tem a ver com as alturas dos saltos. Nós temos provas especiais só para cavalos novos, que estão em desenvolvimento e, a partir daí, começa a exigência. 90 centímetros, um metro, 1,10 m, 1,20 m, 1,30 m, 1,40 m e 1,45 m. O nosso concurso já vai até 1,45 m, porque é um A, é o máximo que se faz em concurso nacionais.

O grau de exigência tem a ver com a altura e, para além da altura dos saltos, tem a ver com o desenho técnico, que aí é o chefe de pista que monta. Nós não podemos sequer opinar, se tem curvas mais apertadas, menos apertadas, o desenho de percurso. Temos, neste momento, o José Santos, um dos grandes chefes de pista portugueses a montar.”

  • A presença de cavaleiros arouquenses, acredito que seja um motivo de orgulho, não só por um dos cavaleiros ser seu filho, mas também por o evento ocorrer em Arouca, ser toda uma dinâmica arouquense e ter pessoas arouquenses em prova

“A paixão que nós, arouquenses, temos pela nossa terra, é fantástico o sentimento que, por exemplo, o Filipe Gonçalves tem de chegar à sua terra e saltar na sua terra.”

  • Em termos de dedicação, este desporto também é bastante exigente.

“Muitíssimo! Treinam todos os dias, oito horas por dia, para depois mostrarem o que valem num minuto. Se alguém tem azar e tocou numa varinha, pronto, já foi. É um desporto muito exigente. Mais exigente que isto acho que há o atletismo de 100 metros, por exemplo, em que têm de mostrar o que valem em 10 segundos. Aqui é mostra o que vales num minuto, mas não é só o cavaleiro, tem o outro atleta que é o cavalo. E não sabemos se o cavalo está bem disposto, mal disposto. É este binómio que faz deste desporto uma coisa também muito diferente.”

Recorde-se que, de 2 a 4 de maio, as Quintãs Equestrian Center voltam a acolher nova competição, desta vez um Concurso de Saltos Internacional de duas estrelas. No dia inaugural, haverá a presença da Charanga da GNR, que vai percorrer as ruas de Arouca.

Um dos cavaleiros, acompanhado pelo seu cavalo, em ação

A enorme presença de público arouquense

Charanga da GNR estará presente no Concurso de Saltos Internacional de duas estrelas

Texto: Simão Duarte

Fotos: Carlos Pinho e Quintãs Equestrian Center

sobre o autor
Simão Duarte
Discurso Direto
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