Depois de nova vitória arouquense, a primeira em casa desde 24 de janeiro, Vasco Seabra analisou a partida, deixou elogios vários ao espírito de todo o plantel e explicou ainda a “mudança de chip” efetuada na segunda parte.
Estas foram as questões colocadas ao técnico na conferência de imprensa pós-jogo:
“Desafios físicos, essencialmente. O Estrela dificilmente propôs jogo, foi uma equipa de jogo direto sempre, sempre que foi pressionada acabou por esticar. Uma equipa que viveu essencialmente de remates de fora da área e jogo direto para primeira ou segunda bola. É uma forma de jogar, adaptada se calhar até ao terreno.
Mas nós fomos muito bravos, combativos, tivemos muita agressividade. Um jogo que, pelas características, nos sai um bocadinho do padrão, mas fomos sempre muito competitivos. Tivemos seis grandes oportunidades, o penálti falhado que matava o jogo, provavelmente, com o 2-0. Temos duas defesas do Nico (Mantl) boas, mas mais uma vez remates exteriores, não foi nada construído. Nunca nos conseguiram bater em pressão.
Orgulho nos nossos jogadores, porque defrontamos uma equipa difícil, que batalha sempre até ao final, mas nessa batalha nós mantivemos o nível e fomos para o nível do Estrela. Em termos de qualidade de jogo, penso que fomos uma equipa muito mais proposta para o jogo, com mais capacidade de chegarmos ao último terço do adversário e criarmos diversas oportunidades.”
“Nós falamos aqui algumas vezes em antevisões da falta que, por exemplo, o David Simão e o (Tiago) Esgaio nos fazem, porque eram jogadores que são peso de capitão e muita alma na equipa. A verdade é que sempre dissemos que confiávamos muito no plantel, no grupo.
O Popovic tinha feito um jogo extraordinário na Luz e hoje tive de tomar a decisão e acabei por regressar ao Chico (Lamba). Ele (Popovic) teve um compromisso de equipa gigante e só me disse “Mister, o importante é a gente ganhar”. Quando tive de o chamar, porque não estava previsto, entra com uma paixão gigante. O Dylan (Nandín), o Brian (Mansilla), todos os que entraram, muito bem mesmo.
É um sinal que já na semana passada tinha acontecido, tem vindo a acontecer várias vezes. É realmente um sinal de uma alegria e energia interna que vivemos. Quando não ganhamos, chegamos cá e a equipa une-se, liga-se, tem uma alma gigante. Nunca nos queixamos de nada, preocupamo-nos é em batalhar uns com os outros. Cobramos muito uns dos outros, somos muito exigentes, mas depois, felizmente, temos estas respostas. Muito feliz por eles.”
“Estávamos a sentir que, naquele momento em que o Estrela estava a começar a crescer um pouco, estávamos a precisar de um bocadinho mais de agressividade no último terço e um bocadinho mais de profundidade.
O Brian (Mansilla) é um jogador muito criativo, que tem muita capacidade de duelo individual e o Dylan (Nandín) é um jogador que puxa muito a equipa para a frente, pela profundidade que dá ao jogo e por ser um jogador de golo. Sabíamos que eram duas alterações que nos iam criar a equipa mais batalhadora, mais vertical, que era uma coisa que nós precisávamos.
Isso realmente puxou-nos outra vez para a frente, criamos diversas oportunidades, principalmente através do Brian (Mansilla) na direita e depois com o Trezza e o Dylan (Nandín) muito ativos na pressão e no pedir nas costas.”
Recorde-se que o próximo duelo do FCA é no próximo sábado, dia 26 de abril, às 15h30, no terreno do Santa Clara. Há uma forte possibilidade de que os arouquenses confirmem matematicamente a manutenção na próxima jornada.
Texto: Simão Duarte
Foto: FCA
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